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Friday, December 30, 2005
Corpe's Bride
Thursday, December 29, 2005
Pôr-do-Sol
"(...) Durante muito tempo, a tua única distracção foi a beleza dos crepúsculos. Fiquei a sabê-lo na manhã do quarto dia, quando me disseste:
- Gosto muito dos pores do Sol.Vamos ver um pôr-do-sol...
- Mas primeiro temos que esperar...
- Esperar o quê?
- Esperar que o Sol se ponha.
Começaste por ficar muito espantado, mas depois riste-te de ti próprio. E disseste-me:
- Ainda julgo que estou lá no meu sítio... (...)
No teu planeta pequenino bastava puxares a cadeira um bocadinho mais para trás. E vias quantos crepúsculos quisesses...
- Um dia vi o Sol pôr-se quarenta e três vezes!
E pouco depois acrescentaste:
- Sabes quando se está muito, muito triste, é bom ver o pôr-do-sol...
Estavas assim tão triste no dia das quarenta e três vezes?
Mas o principezinho não me respondeu."
O Principezinho - Saint-Exupéry
Wednesday, December 28, 2005
Relatos na 3ª pessoa
Conhecia-o desde criança, sempre tinham morado perto um do outro. A primeira vez que o tinha visto na escola – lembra-se agora enquanto pousa a colher no pires tentando não fazer barulho – não tinha sido um bom encontro. Lembra-se que ele lhe tinha roubado as coisas, e ela tinha voltado para casa cheia de vontade de se vingar. Com o passar do tempo, tornaram-se amigos das partidas, em vez de se gladiarem. Ambos eram rebeldes, amantes da liberdade extrema e, ela agora também o admitia, partilhavam um gosto especial por não obedecerem a regras. Nesse tempo era tudo tão simples, as crianças tornam o mundo rústico. Nessa altura, o mundo era belo de tão perfeito. Eles davam-se bem, gostavam tanto um do outro. Depois veio a separação. Sem darem por isso, os anos foram passando e as vidas tornaram-se tão diferentes que quase não se reconheciam na rua quando se viam. Ás vezes ela via-o ao longe e comentava com alguém:” aquele rapaz foi meu amigo quando éramos novos.” Era uma fase dita sem pensar, quase um lamento inconsciente que não sabia que tinha. Passava anos sem se lembrar dele, e no entanto quando fazia esse comentário tinha a certeza que existia um mundo que a levava até ele cheio de memórias que a preenchiam.
Ela estava tão diferente desde esse tempo… tinha-se tornado uma pessoa sábia à custa do seu gosto por aprender. A vida era feita longe do bairro onde morava, por vezes só vinha a casa à noite. Era uma pessoa tão diferente… sonhava em mudar-se, em conhecer o mundo, quebrar a monotonia que nunca suportara. Ele, no entanto sempre vivera por ali…não tinha estudado, trabalhava num café ao pé da sua casa, nem sabia o que era feito dos seus irmãos….
Lembra-se tão bem de gostar dele, mas de uma forma natural como se nunca tivesse parado para adquirir esse conhecimento. Lembra-se de saber que ele também gostava dela… Como se pode lembrar tão bem disso? Levanta-se bruscamente da mesa e resolve dar uma volta pelo jardim. Espezinhar as memórias tem destas coisas, em vez de afugentá-las, atraímo-las. Guarda para si esses pequenos momentos, esses fios de pensamento que já nem têm rosto, são uma névoa sem fundo nem som…
Inevitavelmente pensa no que poderia ter acontecido se não fosse uma pessoa tão diferente, se fosse como ele… agarrada àquela vida de todos os dias, à alegria dos que não questionam e aceitam a simplicidade. Quando o vê, sente que gostava de ser assim, simples."
Friday, December 23, 2005
Tuesday, December 20, 2005
Rir
" - o que vês nesse coelho??? " ao que ela responde:
" - ele faz-me rir...."
Quem nos faz rir garante de facto um poder ilimitado ...
Thursday, December 08, 2005
Cansa sentir quando se pensa
No ar da noite a madrugar
Há uma solidão imensa
Que tem por corpo o frio do ar.
Neste momento insone e triste
Em que não sei quem hei de ser,
Pesa-me o informe real que existe
Na noite antes de amanhecer.
Tudo isto me parece tudo.
E é uma noite a ter um fim
Um negro astral silêncio surdo
E não poder viver assim.
(Tudo isto me parece tudo.
Mas noite, frio, negror sem fim,
Mundo mudo, silêncio mudo -
Ah, nada é isto, nada é assim!)
Fernando Pessoa
Wednesday, November 30, 2005
Demasiado tarde?
Mas eu prefiro ,“ nunca do que demasiado tarde”, porque o nunca pode deixar-nos o sonho, o lamento do que poderia ter sido. O demasiado tarde, tira-nos tudo, até esse sonho. A verdade é que quando dizemos “ não, eu prefiro tarde do que nunca “ é porque sabemos que lá no fundo, ainda não é demasiado tarde…
Monday, November 28, 2005
Harry Potter e o Cálice de Fogo
Não abdico da minha versão, e prefiro ainda assim, ler os livros. Mas como filme, como tela da história, gostei muito. De resto, só retirava a multidão que estava no cinema.
PS: A não perder, "Corpes's bride" um filme de desenhos animados de Tim Burton. É a história de um rapaz que por engano se casa com um cadaver. Mesmo ao seu estilo, e com a voz do boneco principal de Johhny Deep!
Friday, November 25, 2005
Thursday, November 24, 2005
A vida é bela
"Dizes-me que a vida é bela. Não acredito. O sonho, esse sim é um verdadeiro pássaro que me faz voar por cima do mundo e me deixa tocar as nuvens.
(Ás vezes o voo é tão baixo que o vidro que me separa da vida parece realmente transparente...).
Vejo nos teus olhos que te alegras quando o sol brilha e te voltas para ele como um girassol. E não entendo. Sei que vives porque sentes o cheiro do mar no sangue e tens as cores do arco-íris no coração. A tua vida é uma seara dourada que ondula ao sabor do vento fresco. Cheiras a liberdade de perto, porque vives. E eu gostava de voltar a ser como tu. Gostava de ultrapassar a tristeza daquele dia em que o meu sol desapareceu. Porque quem vive estranhamente feliz, ao ver o sol brilhar, arriscar-se a ficar repentinamente triste, quando uma nuvem tapa o sol....
Incitas-me a largar definitivamente o sonho, e argumentas que sonho algum ultrapassa a tua realidade. E acho que tens razão. Não há nada, em nenhum mundo que supere o barulho das ondas, as cores do céu e os mil encantos do sol. Pode ser que finalmente me ensines a ver que a vida é bela..."
Lúcia-2000
Tuesday, November 22, 2005
Prosa - pensamentos
PS: No livro O Alquimista de Paulo Coelho, o mercador de cristais adiava a ida à Meca porque temia, que após realizar o seu sonho, não tivesse mais razão para viver…
Sunday, November 13, 2005
Um paraíso
Thursday, November 10, 2005
O grito
"I was out walking with two friends - the sun began to set - suddenly the sky turned blood red - I paused, feeling exhausted, and leaned on the fence - there was blood and tongues of fire above the blue-black fjord and the city - my friends walked on, and I stood there trembling with anxiety - and I sensed an endless scream passing through nature."
Edvard Munch
Sunday, November 06, 2005
Poemas matemáticos
de um triângulo
não ser 180º?
Digo-te que sim se
não considerares a geometria
plana.
O mundo é tão mais interessante
quanto mais nos curvarmos
para o observar.
Lúcia- Maio/05
Wednesday, November 02, 2005
Fyn - Dinamarca
Até agora nunca tinha colocado nos meus posts imagens. No entanto adoro fotografias de paisagens, principalmente de nuvens, das quais já tenho uma boa colecção. Ter a máquina digital foi sem dúvida, um enorme passo na minha independência fotográfica. Para além disso, não descarto as imagens que encontro na internet, como esta encontrada num site que nos fornece paisagens de vários sítios do mundo.
Tuesday, November 01, 2005
Terapia
Já ao fim da tarde, não resisti e comprei castanhas, à força de tanto gostar do cheiro acabei por gostar do sabor também... A viagem para casa, no autocarro foi reconfortante: as mãos aquecidas no papel das castanhas e os olhos postos nas nuvens. Só é pena que nas paragens entre tanta gente. Se não fosse isso, esta pequena viagem até casa todos os dias, era a minha terapia relaxante.
PS: Não posso deixar de estar espantada. Como é que alguém pode traduzir Harry Potter and the Half Blood prince por: Harry Potter e o Príncipe Misterioso? Pergunto-me, este tradutor/a leu o livro?
Sunday, October 30, 2005
Filmes
Talvez tenha sido demasiado caro, dar a voz. E nós , o que dariamos para sairmos dum Mundo que não é o nosso?
Frases
Álvaro Magalhães in Guardado no Coração
Saturday, October 29, 2005
Prosa - os teus lindos olhos
Às vezes dizemos que uns olhos que vimos são bonitos. Mas isso nada tem ver com a cor ou com forma. Não é propriamente uma beleza pontual, que se observa. É algo diferente, algo que pertence ás duas dimensões em simultâneo também.
Há tantas pessoas que têm olhos estranhos, sem expressão. Olho para eles e a janela não se abre. E às vezes até têm cores bonitas.
Mas os teus olhos não são assim. Olho para eles, e a janela mostra-me um mundo tão vasto, quase como se fosse a terceira dimensão (da qual eu não sei nada). Tens os olhos tão vivos, tão preenchidos que fico cheia só de os fixar. É como se contivesses neles a própria essência da vida. É por isso que gosto tanto de fitá-los. Em dias comuns quando te olho, devolves-me a tua existência física. Mas eu sei que há muito mais do que isso. Os teus olhos nunca se cansam de me mostrar. E é por isso que são tão lindos…
Sunday, October 23, 2005
Central Termoeléctrica
Tuesday, October 11, 2005
Aula de SDAD
acordei cedo e só
há bocado me
mantive acordada,
ávida pelos novos conhecimentos
que só então me chegaram.
A aula em que me
encontro agora, fala de
economia, dinheiro que se move.
Não me interessa, é demasiado
real.
Lá fora chove, ainda que pouco
e talvez por pouco tempo.
O chão está molhado, escorregadio,
é fácil cair.
( Como se nos outros dias não fosse…)
Os sonhos da minha vida futura
dispersam-se como fumo.
Em dias destes sou capaz de
sonhar até com o futuro do resto
do meu dia, a ansiedade extrema
que a chuva traga uma surpresa,
uma diferença.
O fumo espalha-se, diverge
o resto das pessoas converge
para o seu objectivo: a aula.
Apetecia-me não estar aqui, e a
verdade é que me podia ir embora.
Mas de resto há tantas coisas que
me apetecem e outras que não me
apetecem…
Receio não ter um critério de
escolha, neste momento.
E entre estas considerações, deixo-me
ficar, sei lá onde estão as surpresas!
Pode ser que estejam aqui, há
espera que deixe de pensar nelas
para aparecerem.
Quem me dera não pensar nisso, se calhar
estava a gostar da aula e não pensava
no fim do dia, de modo tão ansioso
tão perturbante.
Ás vezes este sentimento cansa,
ainda que na maior parte do tempo
preencha todos os meus espaços vazios.
A aula continua,
será que ainda está a chover?
Tento não adormecer,
mas é tudo tão monótono,
como se tudo estivesse combinado
para me fazer dormir e passar
mais este dia suavemente,
ao de leve por cima das horas.
Por momentos, sinto-me tentada
a embalar nesse sono… mas
como já disse não sei o que
fazer e por isso mantenho-me
como estou.
Parece-me ser o mais seguro.
Em dias como este tudo é tão vago,
tão possível, tão distante…
A aula acabou,
isso não se pode negar.
O resto, já não sei…
Tuesday, October 04, 2005
Monday, October 03, 2005
Ilusão
Sunday, October 02, 2005
Dia Mundial da Música
A todas as pessoas que constroem a vida num fundo musical. E a todas as músicas, claro. Aquelas pelas quais nos apaixonamos à primeira vez, aquelas que nos conquistam inexplicavelmente num dia em que estamos diferentes. Aquelas que nos lembram pessoas que gostamos ou odiamos, ou músicas que nos fazem retroceder e recordar. Aquelas que nos deixam eléctricos e eufóricos, que acompanham a nossa loucura. Ou as que se sentam connosco à janela e nos abraçam nas noites de luar quente, envolvente. E aquelas que nos elevam, que nos transportam para outra dimensão, que nos fazem pensar e sentir realmente. E há sempre aquelas que nos tocam em certos momentos, que se deixam descobrir e avançam para a nossa alma, aumentando-a. A música está sempre connosco. E é tão vasta que nunca se esgota, nunca se repete. Saibamos nós ouvi-la para nunca nos esgotarmos também. Já dizia Jim Morisson: “Music is your only friend, until then end”. A música é-nos sempre fiel.
Saturday, October 01, 2005
E depois do Arraial...
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
Ricardo Reis
Saturday, September 24, 2005
Cenário surrealista
Tuesday, September 20, 2005
Caloiros
Friday, September 16, 2005
Monday, September 12, 2005
Originalidade
Monday, September 05, 2005
Janela
Só minha.
Uma janela que me traga
O vento de outros sítios
E que dê de beber
à minha alma, fatigada
neste mundo de quatro
paredes.
Não importa que a janela
Não dê para outro mundo
Ou que o sol não se veja
Brilhar…
Desde que a janela seja
Só minha,
O sonho tem lugar.
Lúcia/2004
Sunday, September 04, 2005
Spider Man
Nunca desde pequena me interessei por banda desenhada, fosse ela qual fosse... Acho que sempre preferi imaginar, talvez a importância dos livos seja essa mesma.
Mas o filme do spider man detem a única história que eu gosto. A maneira como a picada da aranha mutante provocou a mudança no rapaz mais desastrado envolve-nos na esperança de que todos temos direito a uma mudança.
Nesta história, o heroi tem de se deparar com as escolhas que faz: ser mais um entre tantos, ou assumir a sua responsabilidade. Mas vemos logo pela sua personalidade que o Peter Parker não é um entre tantos...
Talvez seja dificil encontramos alguma vez um spider man nas nossas vidas. Talvez seja mais dificil ainda encontramos um Peter Parker.
Friday, September 02, 2005
Vaidade
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que ou alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quanto mais no céu eu vou sonhando,
E quanto mais alto vou voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!...
Florbela Espanca
Monday, August 29, 2005
Arrumações
Sempre gostei desta fase, parece que demarcamos aqui o fim do Verão. Inquestionávelmente é o fim das férias. Mas por outro, é a chegada do Outono, que eu tanto gosto.
Friday, August 26, 2005
Intimidade
Que ninguém venha abrir a minha mágoa,
esta dor sem nome
que eu desconheço donde vem
e o que me diz.
É mágoa.
Talvez seja um começo de amor.
Talvez, de novo, a dor e a euforia de ter vindo ao mundo.
Pode ser tudo isso, ou nada disso.
Mas não afirmo.
As palavras viriam revelar-me tudo.
E eu prefiro esta angústia de não saber de quê.
Fernando Namora
Thursday, August 25, 2005
Tuesday, August 23, 2005
Memórias de Infância
Durante anos, sonhei com algumas imagens deste episodio e quando o vi ontem sabia quase de cor tudo o que se passaria a seguir. Porque será que certas coisas permanecem tão fixas na pelicula do nosso cérebro, e outras que conscientemente até achamos mais importantes, se desvancem tão rapidamente? É quase bizarro, descobrir que não somos nós quem decide que memórias guardar...
Monday, August 22, 2005
Aventuras
Talvez porque no Verão estamos de férias, ou talvez porque os fins de tarde são os mais bonitos, o facto é que sempre, todos os anos, em dias como este me apetece sair por aí á descoberta de uma aventura...
Normalmente habituamo-nos á nossa vida previsível e acabamos por nos afeiçoar a ela, na corrida contra o tempo não podemos questinar-nos demasiado. Mas quando estamos assim, longe de tudo, percebemos que ansiamos por algo diferente, que nos revire a cabeça e que nos faça largar tudo.
Eu acredito que não viverei verdadeiramente até essa oportunidade chegar.
Wednesday, August 17, 2005
Curta viagem
Em relação ao filme, foi engraçado mas quanto a mim longe de outros filmes do Johhny Depp e do Tim Burton, talvez até porque o tema não o permitia. A expectativa de quem já viu ( e adorou) filmes como o Eduardo mãos de tesoura e a Lenda do Cavaleiro sem cabeça é claro muito grande. A história deste filme é muito simples e cheia de encanto e fantasia. Usamos a nossa imaginação se quisermos chegar até ela. E o Jonhhy Depp.... fantástico, aliás como sempre. :)
Tuesday, August 16, 2005
Poemas
Às vezes tenho desejos
de me aproximar serenamente
da linha dos eléctricos
e me estender sobre o asfalto
com a garganta pousada no carril polido.
Estamos cansados
e inquietam-nos trinta e um
problemas desencontrados.
Não tenho coragem de pedir emprestados
os duzentos escudos
e suportar o peso de todas as outras cangas.
Também não quero morrer
definitivamente.
Só queria estar morto até que isto tudo
passasse.
Morrer periodicamente.
Acabarei por pedir os duzentos escudos
e suportar todas as cangas.
De resto, na minha terra
não há eléctricos.
Rui Knopfli
in Memória Consentida
Sunday, August 14, 2005
Regresso
Não esquecer que hoje é assinalada a data da Batalha de Aljubarrota! Uma grande salva aos portugueses que tão bem se bateram contra os espanhois, a fabulosa táctica do quadrado e a destemida Brites de Almeida!
Friday, July 29, 2005
Narcisismo
- Eu choro por Narciso, mas jamais havia percebido que Narciso era belo. Choro por Narciso porque, todas as vezes que ele se deitava sobre minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, minha própria beleza reflectida"
Oscar Wilde
Tuesday, July 26, 2005
Eclipse
Monday, July 25, 2005
Escandinávia
Sunday, July 24, 2005
Mudanças
Monday, July 18, 2005
Verão
a maçãs,
a destinos por viver,
a uma súbita alegria
naqueles dias em
que tudo é perfeito
e nos deitamos na
areia, a ouvir somente
os nossos pensamentos.
Verão sabe-me a leite
fresco, acabado de engolir
à janela da cozinha, onde
entra o bafo quente da
manhã, e onde saem, pelos
meus olhos
as imagens do sonho
que tive de noite,
quando adormeci nos
lençóis brancos e leves
do meu quarto solitário,
onde as persianas estão
corridas, e tudo cheira
a nostalgia.
Lúcia- 2003
Thursday, July 14, 2005
Charadas
"Qual dos relógios regista o tempo mais fielmente? Um que se atrasa um minuto por dia ou um que não funciona?"
Sunday, July 10, 2005
Nevoeiro
"Espero sempre por ti, o dia inteiro,
quando na praia sobe, de cinza e oiro,
o nevoiero
E háem todas as coisas o agoiro
de uma fantástica vinda "
Sophia de Mello Breyner Andersen
Friday, July 08, 2005
Neville Longbottom
No ínicio, detestei toda a história e, ainda hoje acho o primeiro livro o pior de todos... Mas depois, aos poucos, entrei naquele mundo paralelo ao nosso, e compreendi que o enredo é muito mais complexo do que parece. Não tanto pelas histórias cruzadas dos vários personagens nos vários livros, mas pela complexidade de conceitos sobre "quem é o bom e quem é o mau". O quinto livro em particular mostra-nos as pessoas na sua essência com defeitos e qualidades. O heroi dexa de o ser, pois não existem pessoas perfeitas. Além disso, como se vê ,o próprio Mundo molda as pessoas e acaba por ter a influência decissiva em muitos casos.
Harry Potter nunca foi a minha personagem favorita. É demasiado arrogante e convencido, bastante cego quando perde a calma, e tem uma particular vontade de salvar todos para poder ser o heroi. Ao invés dele, sempre gostei do Neville Longbottom, uma personagem que quase passa discreta ( em alguns livros quase que nem damos pela sua presença), não fosse o seu azar, as suas distrações, o seu nervosismo sempre que vê o Snape e a sua capacidade de se atrapalhar na situação mais normal. E eis que no quinto livro, esta personagem, sempre tão inoportuna toma um relevo especial. Será que a minha personagem, afinal é muito mais importante do que se pensou? O sexto livro deve responder.
Thursday, June 30, 2005
A realidade da Matemática
Albert Einstein
Wednesday, June 22, 2005
Part of that World
I wanna be where the people are
I wanna see wanna see 'em dancing
walking around on those(what do you call 'em? oh, feet)
flipping your fins you don't get to far
legs are required for jumping, dancing
strolling along down a(what's that word again?) street
up where they walk
up where they run
up where they stay all day in the sun
wandering free
wish I could be
part of that world
what would I give
if I could liveout of these waters?
what would I pay
to spend a day
warm on the sand?
Tuesday, June 21, 2005
Uma sala vazia
No meio de tudo isto, tive tempo para apreciar com muito deleite os sons de todos os instrumentos. Fixei-me à vez em cada um deles, mas o meu preferido foi , sem dúvida o trombone. Talvez porque o rapaz tocava muito bem, talvez porque o instrumento tem um som forte e ligeiramente rouco, o que é facto é que adorei. Gostamos tanto e aplaudimos tanto, que no fim, eles acabaram por tocar mais uma...
Saturday, June 18, 2005
Poemas matemáticos
Equação tão estranha,
Neste mundo de resultados tão reais
Só podias ser tu:
Um número imaginário.
Lúcia
Friday, June 17, 2005
Fairy Tales
they tell us dragons exist, but because
they tell us that dragons can be beaten.
G.K.Chesterton
Monday, June 06, 2005
Começo a conhecer-me.Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida...
Sou isso, enfim...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos
no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.
Álvaro de Campos
Thursday, June 02, 2005
A cigarra e a formiga
Monday, May 30, 2005
Poemas
Tal como tu, quando
te pressinto prisioneiro
da liberdade.
Abraço-me à tua simplicidade
E acabo por
descobrir as nuvens
baloiçando nos teus olhos,
e a fragrância das noites
quentes nos teus gestos.
Lúcia 28.05.05
Sunday, May 29, 2005
"Os Corvos"
Prova de que realmente não é necessario falar para se transmitirem sentimentos: a música é a maior de todas as linguagens.
Friday, May 27, 2005
As poucas palavras
Só isso: o céu azul, a sombra lisa,
o livro aberto.
E algumas palavras. Poucas,
ditas como por acaso.
Eram contudo palavras de amor.
Não propriamente ditas,
antes adivinhadas. Ou só pressentidas.
Como folhas verdes de passagem.
Um verde, digamos, brilhante,
de laranjeiras.
Foi como se de repente chovesse:
as folhas, quero dizer, as palavras
brilharam. Não que fossem ditas,
mas eram de amor, embora só adivinhadas.
Por isso brilhavam. Como folhas
molhadas.
Eugénio de Andrade
Saturday, May 21, 2005
Évora
Apesar de ter adorado o livro (e adorei porque me mostrou ideias e caminhos que desconhecia), o regresso a Évora nunca é feliz. A loucura de Sofia e Carolino vigia-me nas ruas. A compreensão de Alberto prende-me a respiração e impede-me de apreciar as pequenas paisagens belas. Tudo é exactamente o que é. Da primeira vez que visitei Évora também uma ténue tristeza existencialista me percorria, um “saber que as coisas são assim”. Tinha renunciado à vida utópica e só a consciência de mim mesma me interessava. Évora será sempre o palco da constatação dessa consciência. E estará sempre agarrada ao sentimento vazio e perturbante do conhecimento amplo sobre a vida e sobre nós. Muitas vezes matamos o Alberto que nos tenta falar a verdade, mas que nos retira o mel da nossa vida. Em Évora ele está sempre vivo.
Monday, May 16, 2005
Fim de tarde
Sunday, May 15, 2005
O mistério da Lua
Majestosamente o luar entra no quarto e banha tudo com o seu brilho mortiço que aviva a chama das recordações.
Deu dois passos e sentou-se na janela, mas o soalho não respondeu expectante. A Lua ergue-se com a pose de uma rainha que é admirada no cimo, por todos os seus súbditos. E ergue-se com a postura de quem sabe que o seu encanto nasce nos dias em que está escondida.
Olha a Lua e não pode deixar de admira-la lá no alto, vendo tudo, tão segura e determinada. Encanta-a aquela certeza que a mantém no mesmo sítio e que a faz aparecer e desaparecer sempre nos mesmos dias.
De repente baixa os olhos e sente as mãos frias coladas à parede. Será admiração ou simplesmente inveja? O estalido da madeira diz-lhe que a inveja é tão humana como a admiração.
E ao ver as árvores inundadas com aquela estranha luz sente-se regressada ao passado, como se o luar fosse a luz mágica que ilumina o palco onde desfilam as memórias. Talvez seja esse o mistério da lua: não permitir o esquecimento. E talvez seja por isso que se sente tão grata. Limita-se assim a fechar a janela devagar para não quebrar o silêncio, observador discreto e maravilhado."
Lúcia-2000
Thursday, May 12, 2005
There is no spoon
A vida puramente física e objectiva perde a graça que só uma certa incerteza imaginativa pode trazer. E é esse o poder de there is no spoon.
Discordo de quem acha o filme superficial e apenas repleto de efeitos especiais. O poder da nossa mente, quer o nosso mundo seja o Matrix ou não, é sempre verdadeiro.
Monday, May 09, 2005
Weird
even though we're just two strangers on this runaway train
We're both trying to find a place in the sun
We've lived in the shadows, but doesn't everyone
Isn't it strange how we all feel a little bit weird sometimes?...
Isn't it hard? standing in the rain
You're on the verge of going crazy and your heart's in pain
No one can hear, but tou're screaming so loud
You feel all alone in a faceless crowd
Isn't it strange how we all feel a little bit weird sometimes...
(...) "
Friday, May 06, 2005
Pensamentos
Monday, May 02, 2005
Pôr-do-Sol
Pôr-do-Sol
Quando o sol se põe no horizonte
e se afunda aos poucos no mar...
quem sente na vida saudade
baixinho, ouve o sol a chorar...
E o a cor que ele deixa no céu
e o som que ele faz ao chorar
é apenas o seu lamento
de não ver a Lua ficar...
Por isso o sol,
é meu confidente ao fim da tarde
e com ele afunda sempre
toda a minha saudade...
Lúcia-1999
Sunday, May 01, 2005
" e tudo o que sonhei, tu serás assim..."
A noite não terminaria sem assistirmos ao concerto do Pedro Abrunhosa. E pelo menos ao som de " tudo o que eu sonhei, tu serás assim...", não existiu espaço para a objectividade das expressões matemáticas...
Wednesday, April 27, 2005
O mais simples...
"Coroai-me de rosas,
coroai-me em verdade
De rosas -
Rosas que se apagam
Em fronte a apagar-se
Tão cedo!
Coroai-me de rosas
E de folhas breves.
e basta. "
Ricardo Reis
Sunday, April 24, 2005
Aeroporto
Até àquele momento, ainda não tinha tido a percepção exacta de que eu não ia viajar. Tudo se resumia a uma frase que eu repetia e cujas palavras diziam apenas isso, e mais nada : " eu não vou". Mas quando chegámos à porta onde tivemos de nos separar, ai tomei consciência, que é como quem diz... ai comecei a sentir uma pena enorme e uma vontade louca de seguir em frente também. Mas não pude. A minha irmã desapareceu do meu horizonte, a caminho de Londres e eu apanhei o autocarro de volta ao ruído de Lisboa ao acordar.
Quando em 1999 ocorreu aquele eclipse do Sol tive uma sensação semelhante... sabia que da minha janela só iria ver um eclipse parcial, mas só quando a Lua parou de avançar e eu vi na televisão o eclipse total, só aí é que eu tive a percepção instantânea de que não ia ver nada. São uns breves momentos de realidade fulminante, que me acertam em cheio.
De qualquer modo, pensei em voltar ao aeroporto de vez em quando, para sentir de novo aquela atmosfera. Afinal é o mais perto do longe que consigo estar...
Thursday, April 21, 2005
Espelhos
Há que reparar com mais atenção nos espelhos. Em vez de meros objectos egocêntricos que nos reflectem e que nos devolvem o que já conhecemos, podemos vê-los como a passagem para outro Mundo, tornando a visão do nosso proprio mundo muito mais alargada!
Tuesday, April 12, 2005
Dias de Primavera
Hoje não foi excepção. O sol já robusto de primavera é uma companhia simpática para os meus pensamentos. Ao sabor do ritmo da música fui andando ás voltas ( adiando sempre que possível o meu regresso a casa), até chegar á minha escola primária. Aí, parei por uns momentos a recordar os meus dias de primavera daquela altura. Que saudades daquele Mundo tão perfeito, onde com um pedaço de imaginação, tudo era possível...
Sunday, April 10, 2005
Memórias
Sunday, April 03, 2005
Wednesday, March 30, 2005
Tímidos
O tímido vive preso ás teias que ele imagina que estão lá, à vergonha do bloqueio sempre presente e á voz que o segue e que lhe diz " não vais conseguir".
Para quem não é tímido e não compreende os tímidos : imaginem algo que vos seja dificil realizarem ou do qual tenham vergonha. Agora pensem que para um tímido qualquer acção que vos é banal se reduz ao vosso problema inultrapassável.
Sunday, March 27, 2005
Hipercubo
Ao menos sempre aproveitei para ver alguns filmes, e em boa hora o fiz porque um dos que aluguei foi O Hipercubo, o segundo filme de O Cubo, que eu já tinha visto. Sendo o primeiro mais matemático e o segundo mais físico introduzindo as realidades paralelas ou a relatividade do espaço e do tempo, o que interessa é que descobri a existência desse objecto teorico de quatro dimensões: o hipercubo. Depois de algumas rápidas pesquisas pela net, encontrei algumas informações deslumbrantes sobre a quarta dimensão espacial e o modo como o hipercubo ( o correspondente ao cubo na 4º dimensão) se pode projectar no nosso mundo 3D, assim como uma sombra dum cubo 3D aparece no plano...
Cheguei mesmo ao ponto de encontrar informação sobre o numero de vértices, arestas, quadrados e cubos que um hipercubo supostamente tem... É por isso que por vezes acho que a matemática consegue ter mais poder do que a física. Ao ser mais abstrata é mais ilimitada.
Só é pena não podermos mesmo ver o hipercubo... isso deixa-me a pensar em tudo o que existe e eu não vejo...
Wednesday, March 23, 2005
Genial
Como reagiríamos nós se nos roubassem justamente o sentido que nos dá vida?
Eu, não me imagino sem ouvir… Sem ouvir música, sem ouvir os sons calmos da Natureza, sem ouvir os tons das vozes que me rodeiam. Acabo sempre por gostar ou não de uma pessoa através do seu timbre. Se não a ouvir, não a conheço. Que seria de mim sem este sentido que me conecta ao Mundo?
Beethoven, era sob todos os aspectos, genial!
Monday, March 21, 2005
Dia Mundial da Poesia e da Árvore
com o à-vontade desta cerejeira
e sentir a terra na raiz
e dar versos ou florir desta maneira.
Abrir os braços e deixar cair
flores, folhas ou o que quer que seja,
e ver o tempo, como um bicho verde,
a roer o coração de uma cereja.
Eugénio de Andrade
Sunday, March 20, 2005
Mundos Paralelos
No primeiro livro, Os Reinos do Norte, Philip Pullman conta-nos a história de Lyra, uma menina inglesa rebelde que vive num mundo muito semelhante ao nosso, mas com uma diferença: neste mundo cada pessoa tem um génio. Estes seres, assumem a forma do animal que melhor representa a personalidade da pessoa que complementam. Fazem o papel de almas ainda que bastante independentes. Este pormenor magnífico é na minha opinião o mais excelente de todos. A capacidade de materialização do nosso interior.
Quando no segundo livro ela encontra Will, que é um rapaz do nosso mundo, a história fica mais realística. Mais uma vez ,divina a parte em que Will tem a faca subtil e com ela abre janelas que lhe permitem passar entre os Mundos. O terceiro, é a conclusão de tudo e o fim é algo trágico, e o modo como tudo aquilo acontece ( depôs de termos lido todas aquelas páginas onde quase acreditamos que aquilo é verdade e que eles existem mesmo) faz-nos ter pena… Talvez nem seja o desfecho em si, que me provocou este sentimento, mas sim o decurso da história e o modo subtil como foi escrita.
Momentos que me recordo sempre: quando Lyra encontra um criança no Norte sem génio, que desesperadamente se agarra a um peixe para colmatar o vazio que a vai acabar por matar; quando Will perde dois dedos ao obter a faca e o modo como nenhum ser mágico lhe restitui os dedos até ao fim; e por último quando Lyra deixa Pantalaimon no cais para entrar no mundo dos mortos… muito bem descrita a dor de abandonarmos a nossa alma…
Para uma pessoa apaixonada por outros mundos e dimensões como eu, a trilogia é perfeita. Para além dos pormenores humanos, existe uma lição de física e teologia por detrás de tudo e os livros têm um fio condutor que acaba com uma lógica impressionante. Quem leu, sabe do que falo. Quem não leu, não sabe o que perde…:)
Saturday, March 19, 2005
Surpresas
Tuesday, March 15, 2005
Esta Noite
tivessem pena de mim
e me dessem umas
asas,
e eu fosse um Ícaro
com um fim diferente.
Gostava que a Lua
estivesse ao alcance
do meu braço estendido
E que as asas, planassem
ao vento,
murmurando consolos
escondidos, nas penas
que tivessem de mim.
In "De vez em quando" - Lúcia/2002
Monday, March 14, 2005
Princípios
da morte. Mas não seria isso que nos faria
ter vontade de morrer mais
depressa.
Podíamos saber um pouco mais
da vida. Talvez não precisássemos de viver
tanto, quando só o que é preciso é saber
que temos de viver.
Podíamos saber um pouco mais
do amor. Mas não seria isso que nos faria deixar
de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou
amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada
sabemos do amor.
Nuno Júdice
Saturday, March 12, 2005
Sonhos
E lá estava eu, a sonhar com Paris no meu sonho, mas a suspirar por uma torre Eiffel, bem visivel aos meus olhos... Espantoso como as distâncias podem ficar tão relativas.
Thursday, March 10, 2005
Impossible is nothing
Tuesday, March 08, 2005
Dia da mulher
Monday, March 07, 2005
Atletismo
E sendo assim, adorei a vitoria da Naide Gomes :) , o concurso de salto à vara feminino onde a Yelena Isinbayeva bateu mais um record do mundo, e ainda me fartei de rir quando na estafeta de 4x400m um espanhol caiu levando a espanha a acabar em ultimo.
O concurso que segui com mais emoção foi o de salto em altura masculino ( um dos que mais gosto) onde o título esteve dificil de atribuir, mas acabou por ler arrebatado pelo sueco Stefan Holm que saltou 2,40m!
De referir também que os campeonatos estavam muito mal organizados (além daquele erro quase fatal no comprimento...), e a realização deixou muito a desejar...
Thursday, March 03, 2005
Mais comboios
Wednesday, March 02, 2005
O tempo
"Não creias, Lídia que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.
Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.
Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rasto
Que o não-vivido deixa.
Não creias na demora em que te medes.
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo" Sophia de Mellho Breyner
Que já é tarde, isso é. Agora resta saber o que foi o "não vivido"...
Tuesday, March 01, 2005
Gostar demasiado
Não que estivesse mal em férias, mas o facto de gostar do que faço impede-me de me abstarir completamente.
Antes de ter mudado de curso, sempre tinha sido imprecisa a decisão de ir para a faculdade... A minha impusição a mim própria seria sempre aplicar-me em algo que realmente gostasse. Foi muito dificil perceber-me , mas estas são as melhores conquistas. Agora que gosto do que faço e que quase perdi a tentação de "chorar" por um dom, não consigo desligar-me por completo em quinze dias, nem a minha alma consegue deixar de sentir saudades. Gosto demasiado para isso. É sempre o preço a pagar quando nos envolvemos demasiado.
Thursday, February 24, 2005
Feelings
Feelings
Nothing more than feelings
trying to forget my
feelings of hate
Imagine
beating on your face
trying to forget my
feelings of hate
feelings
for all my life i'll feel it
I wish I'd never met you
you'll make me sick again
(...)
feelings like I never like you
feelings like I want to kill you
live in my heart
feelings
feelings like I wanna deck you
feelings like I've gotta get you
Out of my life
Wednesday, February 23, 2005
Mar
Mar sonoro, mar sem fundo mar sem fim.
a tua beleza aumenta quando estamos sós.
e tão fundo intimamente a tua voz
segue o mais secreto bailar do meu sonho
que momentos há em que eu suponho
seres um milagre criado só para mim.
É sempre estranho pensar que existem pessoas que nunca viram o Mar...
Tuesday, February 22, 2005
Cascais
São instantes fugazes como os pingos que me vão marcando a roupa ao de leve...Mas são os suficientes para que saiba com quem partilhar as nuvens que se colapsam no fundo do horizonte...
Sunday, February 20, 2005
Matrix
E eis que um diálogo num site italiano sobre cinema veio confirmar as minhas expectativas:
- Sei tu che non capisci un tubo. Stiamo parlando della stessa cosa: Alice e Matrix sono una sola storia. Costituiscono due metafore del medesimo complotto.Ci riflettei un po' su, ma non riuscivo a capire dove volesse andare a parare. - Complotto? Una sola storia? Spiegati! - gli intimai.- Certo, caro il mio sempliciotto! - disse il PC con inflessione sfottente. - L'hai visto quel film, no? Rispondi: cos'è che fa Alice per entrare nel Paese delle Meraviglie?- Segue il Bianconiglio, no?
- Appunto. E cosa suggeriscono a Neo? "Follow the white rabbit", segui il coniglio bianco. E lui segue la ragazza con il tatuaggio di un coniglio bianco.
(...)
- Un riferimento? E Morpheus che gli dice: "I'll show you how deep the rabbit hole goes", ti mostrerò quant'è profonda la tana del coniglio?
(...)
- Te ne elenco altre di... coincidenze. Avrai sicuramente presente il ruolo peculiare che assumono gli specchi nelle avventure di Alice, in particolare in Through The Looking Glas. Bé, ricordi Neo che tocca lo specchio e la sua mano inizia a trasformarsi? O la scena in cui si vede riflesso nello specchio rotto che poi si ricompone?- E allora?
E allora? :)
Saturday, February 19, 2005
O chocolate vicia?
E de acordo com o livro, o chocolate têm um lípido que se chama anandamina que provoca o mesmo efeito que substâncias presentes na marijuana, e ainda outras substâncias que causam dependência. No entanto não há razão para preocupação, porque para viciar, uma pessoa tinha que comer vários quilos de chocolate por dia...
Moral a retirar: Os livros de receitas também podem ter coisas interessantes para nos dizer.
Friday, February 18, 2005
Escrever ou não escrever?
Até onde vamos na importância que damos “aos outros” acerca das coisas que fazemos? Ás vezes torna-se fácil incutir em nós próprios que não dependemos de ninguém, que somos soberanos. Outras admitimos claramente que a opinião geral nos importa…
O segredo está em manter um equilíbrio. Devemos ter em conta a opinião alheia quando a opinião alheia é alguém de quem gostamos ou alguém em quem confiamos; devemos seguir a nossa vontade quando nos achamos correctos. Aliás, essa é a grande prova ao nosso sentido moral: parar quando devemos e não quando os outros nos dizem para parar. Somos nós que temos que analisar as questões e agir de acordo com a nossa liberdade, para que tenhamos liberdade. Quem não se sente preso por abdicar de algo, que lhe é vedado pela opinião dos “outros”? È uma prisão muito forte, aquela que nós próprios fazemos…
É por isso que escreverei no blog até não poder (ou não me apetecer…), mesmo que ninguém o leia. Isso deve-se ao facto de que, prioritariamente, escrevo para mim.
Thursday, February 17, 2005
Hábitos
Wednesday, February 16, 2005
Típico dia de férias
Tuesday, February 15, 2005
Pesadelo
Monday, February 14, 2005
Dia dos Namorados
"O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz."
Sunday, February 13, 2005
Simples
Como o rei da história do reino de Helíria… estando velho e cansado, decidiu questionar as suas três filhas acerca do amor que elas sentiam, para que se decidisse a repartir o reino por elas. A mais velha, sedenta do reino do pai disse: “ meu senhor, o meu coração é pequeno de mais para conter todo o amor que vos tenho. Quero-vos muito mais do que ao Sol que me alumia, muito mais do que à luz dos meus próprios olhos, muito mais que ao marido que vou desposar…”. A segunda, seguindo a ambição da irmã, continuou o discurso magnânimo: ”O meu amor por vós não tem fim, é maior do que a imensidão das águas e dos céus. “
Estava já o rei, imerso em alegria, quando falou a terceira filha. Esta, que realmente o estimava, e ao ver todos aqueles exageros, falou com sinceridade recorrendo a uma analogia simples: “ O que não tem fim, não se pode medir. É difícil encontrar medida para o amor.(…) Preciso de vós… como a comida precisa do sal…”. E ao ouvir isto, o rei ofendido com a comparação tão pouco grandiosa, entregou o reino ás duas primeiras filhas e expulsou a última, mandando-a nunca mais olhar para ele.
Anos mais tarde, as filhas mais velhas, fartas do pai, mandaram-no embora, e ele… velho e cego, mendigando nas ruas, foi ter ao palácio da filha mais nova, sem saber onde se encontrava. Ela, que logo o reconheceu, levou-o a um banquete onde mandou preparar os melhores pratos: o melhor peixe e carne. Os melhores alimentos e os melhores cozinheiros. Mas tudo, sem uma pitada de sal. Quando o rei esfomeado começou a comer, ficou horrorizado com o sabor daquela comida. Ao que a filha mais nova respondeu: “vistes agora a falta que o sal faz?”.
Saturday, February 12, 2005
Hoje em dia
Friday, February 11, 2005
Hoje nada estraga o meu dia
Mas que interessa isso? O que é preciso é aproveitar o momento, sem questões demais que nos racionalizam... Hoje nada estraga o meu dia.
Thursday, February 10, 2005
desabafos
Para além disso, por entre o bafio das horas que se escorreram hoje, a ligeireza de um remorso passado assolou-me... Talvez seja a idade e a responsabilidade, cada vez mais presente, dos nossos actos...
" Não fui capaz de entender nada. Devia tê-la avaliado não pelas suas palavras , mas pelos seus actos. Ela perfumava-me e dava-me luz! Eu nunca devia ter fugido! Devia era ter sido capaz de perceber toda a ternura escondida naquelas suas pobres manhas. As flores são tão contraditórias! (...) "
O Principezinho
Wednesday, February 09, 2005
Aniversário
"De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
onde me uni ao mar ao vento e à lua
Cheiro a terra as àrvores e o vento
que a primavera enche de perfumes
mas neles só quero e só procuro
a selvagem exalação das ondas
subindo para os astros como um grito puro"
Tuesday, February 08, 2005
Férias...
Férias, a eterna palavra salvadora! Não interessa se as nossas férias sao longas ou nao, interessa que quando as prevemos, adormecemos a pensar nelas, perdemos tempo a antecipar o que vamos fazer ( ou o que não vamos fazer) e irradiamos felicidade quando acordamos , abrimos os olhos e nos invade a consciênciade de saber que elas chegaram. Mantêm-nos vivos e confortam-nos. No fundo, todos sabemos que "o nosso tempo" é um bem muito precioso.
Monday, February 07, 2005
Mestre
"Domina ou cala. Não te percas, dando
Aquilo que não tens.
Que vale o César que serias?Goza
Bastar-te o pouco que és.
Melhor te acolhe a vil choupana dada
Que o palácio devido"
Ricardo Reis
Sunday, February 06, 2005
Chuva
Entre todas estas divagações não me apetece estudar. Fico com vontade de largar isto tudo e ir dar um passeio plas ruas molhadas, à espera quem sabe... de um arco-íris...
Saturday, February 05, 2005
Viagens
Friday, February 04, 2005
Carnaval
Thursday, February 03, 2005
Imaginação
Wednesday, February 02, 2005
Cinema
Para completar este cenário... o filme não desilude. Entre sonhos e realidades, objectividade e imaginação a tela faz-nos esquecer para além de onde estamos: quem somos!
De qualquer modo... e mesmo que o cenário não fosse o perfeito tenho a certeza que gostaria do filme do mesmo modo. Não haveria melhor para ver hoje, a oito dias do meu aniversário: mesmo que não quisessemos o Mundo obriga-nos a crescer....
Tuesday, February 01, 2005
"Olá? Está aí alguém?"
“Talvez estejas a perguntar a ti mesma se encontrei Mikka de verdade ou se foi simplesmente um sonho. (…) Cheguei à conclusão de que, no fundo, o que importa é termo-nos encontrado.”
“Recordar um sonho é quase tão difícil como apanhar um passarinho, mas ás vezes , é como se o passarinho viesse pousar espontaneamente no nosso ombro.”
Monday, January 31, 2005
Patinagem Artística
Foi com muito agrado que vi o russo Yevgeny Plushenko ganhar a medalha de ouro com o seu estilo inconfundível e a sua capacidade de comunicar com o público... Há pessoas com talento...
A medalha de ouro de pares ( a modalidade que mais gosto de ver) desiludiu-me um pouco. Não que o par russo dançasse mal... ( eles dançam melhor em patins do que eu com os meus pés), mas depois de há alguns campeonatos atrás ter visto o par francês Marina Anissina e Gwendal Peizerat , todos os outros se tornam “bons”, mas “não muito bons”. Eles eram originais... ela foi a primeira patinadora a patinar de calças e tinham uma presença marcante... ele com a sua cabeleira loira e ela ruiva. Além disso tinham mais qualquer coisa... via-se que gostavam do que faziam... tanto que enquanto actuavam faziam-nos esquecer da técnica , dos passos obrigatórios, das regras. Para mim eram perfeitos.
Ás vezes sou tentada a pensar que se pudesse, não hesitava em trocar a minha vida de “estudo” e de futura engenharia, por uma vida assim, cheia de arte...
É preciso muita imaginação para conseguir ver arte na engenharia...
Sunday, January 30, 2005
Monet
Mesmo depois de ter conhecido outros estilos de pintura, e até outros pintores impressionistas, nenhum tem o lugar que Monet ocupa em mim. Acabei por me afeiçoar aos seus traços e a reconhecer as suas paisagens favoritas… aquelas nuvens de dias solarentos, ou os céus incandescentes e feridos ao pôr-do-sol.
Lembro que quando a aula acabou, mantive o livro aberto na página do quadro, nesse dia e em muitos outros. Fazia-me companhia. Talvez haja uma explicação psicológica para o facto de eu gostar tanto de Monet e dos seus quadros. Não sei. A verdade é que gosto de olhar para eles.
Saturday, January 29, 2005
welcome
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