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Monday, August 29, 2005

Arrumações

No fim de Agosto é sempre costume fazermos arrumaçoes e limpezas... Parece que se gosta de preparar o retorno sempre tão inevitável, em Setembro. Este ano, o tabalho foi bem árduo, deu para ficar com dores nas costas e nas pernas... Mas é sempre engraçado as coisas que se descobrem nos sitios que menos esperamos... e ver como , ao longo dos anos, os mesmos objectos mudam de sitio e de importância.
Sempre gostei desta fase, parece que demarcamos aqui o fim do Verão. Inquestionávelmente é o fim das férias. Mas por outro, é a chegada do Outono, que eu tanto gosto.

Friday, August 26, 2005

Intimidade

Que ninguém hoje me diga nada.
Que ninguém venha abrir a minha mágoa,
esta dor sem nome
que eu desconheço donde vem
e o que me diz.
É mágoa.
Talvez seja um começo de amor.
Talvez, de novo, a dor e a euforia de ter vindo ao mundo.
Pode ser tudo isso, ou nada disso.
Mas não afirmo.
As palavras viriam revelar-me tudo.
E eu prefiro esta angústia de não saber de quê.

Fernando Namora

Thursday, August 25, 2005

Cúmulo da preguiça

" Acordar mais cedo, para estar mais tempo sem fazer nada..."

Tuesday, August 23, 2005

Memórias de Infância

Tenho andado a fazer a colecção dos DVD's com a série de desenhos animados da Alice no Pais das Maravilhas que dava quando era pequena na RTP. Ontem vi o DVD nº12 que contem o episodo que eu melhor me lembro e que, durante tantos anos ficou retido inexplicavelmente na minha memória. É um episodio em que a Alice mergulha numa tina com água da chuva que comunica com uma catarata, para que assim entre no Pais das maravilhas e possa resgatar o seu coelho que tinha desaparecido.
Durante anos, sonhei com algumas imagens deste episodio e quando o vi ontem sabia quase de cor tudo o que se passaria a seguir. Porque será que certas coisas permanecem tão fixas na pelicula do nosso cérebro, e outras que conscientemente até achamos mais importantes, se desvancem tão rapidamente? É quase bizarro, descobrir que não somos nós quem decide que memórias guardar...

Monday, August 22, 2005

Aventuras

"Todos os homens morrem,mas são poucos os que vivem"
Talvez porque no Verão estamos de férias, ou talvez porque os fins de tarde são os mais bonitos, o facto é que sempre, todos os anos, em dias como este me apetece sair por aí á descoberta de uma aventura...
Normalmente habituamo-nos á nossa vida previsível e acabamos por nos afeiçoar a ela, na corrida contra o tempo não podemos questinar-nos demasiado. Mas quando estamos assim, longe de tudo, percebemos que ansiamos por algo diferente, que nos revire a cabeça e que nos faça largar tudo.
Eu acredito que não viverei verdadeiramente até essa oportunidade chegar.

Wednesday, August 17, 2005

Curta viagem

Hoje a curta viagem foi até ao cinema. O filme escolhido foi, Chalie e a fábrica de chocolates. Para começar devo dizer que adoro apanhar transportes publicos em Agosto porque parece que a população diminiu para metade. Não houve filas, gritos nem apertões.
Em relação ao filme, foi engraçado mas quanto a mim longe de outros filmes do Johhny Depp e do Tim Burton, talvez até porque o tema não o permitia. A expectativa de quem já viu ( e adorou) filmes como o Eduardo mãos de tesoura e a Lenda do Cavaleiro sem cabeça é claro muito grande. A história deste filme é muito simples e cheia de encanto e fantasia. Usamos a nossa imaginação se quisermos chegar até ela. E o Jonhhy Depp.... fantástico, aliás como sempre. :)

Tuesday, August 16, 2005

Poemas

MANIA DO SUICÍDIO

Às vezes tenho desejos
de me aproximar serenamente
da linha dos eléctricos
e me estender sobre o asfalto
com a garganta pousada no carril polido.
Estamos cansados
e inquietam-nos trinta e um
problemas desencontrados.
Não tenho coragem de pedir emprestados
os duzentos escudos
e suportar o peso de todas as outras cangas.
Também não quero morrer
definitivamente.
Só queria estar morto até que isto tudo
passasse.
Morrer periodicamente.
Acabarei por pedir os duzentos escudos
e suportar todas as cangas.
De resto, na minha terra
não há eléctricos.

Rui Knopfli
in Memória Consentida

Sunday, August 14, 2005

Regresso

De regresso, sinto enorme felicidade de ter voltado à minha civilização. Uns dias passados longe de tudo isto fizeram bem, principalmente para descansar e pode partilhar comigo própria uns momentos de isolamento. Ideal para a reflexão, como se as decisões a serem tomadas e o caminho a percorrer se mostrasse mais claro, menos ensombrado. Adoro sempre a calma do mar e, nunca me cansarei de dizer, os reflexos do sol nas ondas, o seu cheiro e o seu barulho melódico. Mas ao fim de uma semana, anseio pela cidade, pelos meus pequenos rituais. Essencialmente sou uma pessoa urbana.

Não esquecer que hoje é assinalada a data da Batalha de Aljubarrota! Uma grande salva aos portugueses que tão bem se bateram contra os espanhois, a fabulosa táctica do quadrado e a destemida Brites de Almeida!

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