Detesto este calor. O ar tão seco, o bafo que queima os pulmões quando abro a porta da rua. Detesto o tempo que demoro a adormecer, ainda que os lençois sejam os mais frescos e as janelas estejam abertas. Decididamente não fui feita para este clima. Fico tão mole, que não me apetece sequer responder quando falam comigo.
Para além disso entro numa fase de latência onde vislumbro tudo o que quero fazer, como se um plano organizado da minha vida surgisse perfeito. Ironicamente, não tenho é forças para o seguir.
PS: Qual a importância que devemos dar ao passado?
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Sunday, May 28, 2006
Monday, May 15, 2006
Saturday, May 13, 2006
Prosa - Pensamentos
Ontem, enquanto estavamos na discoteca, ocorreu-me pensar que não sei quando me tornei tão exigente com as pessoas. Talvez já o seja desde sempre, consequência imediata da minha observação atenta aos pequenos pormenores que de tão insignificantes, não fazem parte do Mundo real... E é ai que reside a minha tenacidade em compreender a minha própria filosofia: se não significam nada, porque hão-de significar-me tudo? Gostava de poder correr essa persiana dos meus olhos, ignorar a visão super-heroica que me desfigura o Mundo.
Apesar de a música não ser muito boa, foi fantástico sentir os meus pensamentos fluirem como um rio e a breve angustia de os ver precipitarem-se nas cataratas, a compreensão da minha pessoa, à proximidade dum precipício. Começo por ser exigente comigo mesma, e alterno entre a falta de auto-estima e um quase narcisismo espontâneo. A exigência aos outros é tão natural como olhar o espelho e esperar uma boa resposta.
Não é fácil chegar a uma conclusão destas, entre as batidas da música da discoteca, entre as pessoas que se parecem tanto, e que tanto fazem para se parecerem. Acabo por não perceber se não são exigentes ou se a exigência está em serem todos iguais.
Muitas vezes, antes de me aceitar na minha própria exigência, senti-me tentada a fugir. Hoje em dia, ninguém é mais implacável comigo do que eu. Se eu não o for com os outros, como posso regressar todas as noites para o espelho que me acolheu?
Apesar de a música não ser muito boa, foi fantástico sentir os meus pensamentos fluirem como um rio e a breve angustia de os ver precipitarem-se nas cataratas, a compreensão da minha pessoa, à proximidade dum precipício. Começo por ser exigente comigo mesma, e alterno entre a falta de auto-estima e um quase narcisismo espontâneo. A exigência aos outros é tão natural como olhar o espelho e esperar uma boa resposta.
Não é fácil chegar a uma conclusão destas, entre as batidas da música da discoteca, entre as pessoas que se parecem tanto, e que tanto fazem para se parecerem. Acabo por não perceber se não são exigentes ou se a exigência está em serem todos iguais.
Muitas vezes, antes de me aceitar na minha própria exigência, senti-me tentada a fugir. Hoje em dia, ninguém é mais implacável comigo do que eu. Se eu não o for com os outros, como posso regressar todas as noites para o espelho que me acolheu?
Saturday, May 06, 2006
Aula de Poluição Atmosférica - Modelos Estocásticos
"I would be vaguely rigth than precisely wrong"
Keynes
Keynes
Tuesday, May 02, 2006
Princípio de Le Chatelier
É incrivel como o equilibrio surge naturalmente... É exactamente quando achamos que perdemos algo insubstituivel que a vida, na sua gigante reacção química, nos devolve lentamente fragmentos de outras possibilidades....
Ou talvez isso seja só a nossa capacidade amadurecida de resistir e ultrapassar as desilusões...
Ou talvez isso seja só a nossa capacidade amadurecida de resistir e ultrapassar as desilusões...
Monday, May 01, 2006
Divagações
Parece que não tem qualquer ligação, mas ao ler a biografia das 5 mentes que arquitectaram as 5 maiores equações de todos os tempos, senti-me vulnerável ás minhas eternas escolhas. Desde sempre que nunca me fixei numa coisa, parece que consigo manter um interesse equilibrado por tudo. Ás vezes isso parece-me uma qualidade rara, outras é só uma capacidade preguiçosa de não querer aprofundar coisa alguma.
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