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Monday, April 21, 2008

Ás vezes

Ás vezes. O pássaro voa preso ao vento. Do mar recebe a luz do fundo, do verde escuro. O vento gira e canta. As nuvens prendem-se no céu. O magnetismo suspende-as no cenário do pássaro que se mantém num equilíbrio vitalício. As cordas de som vibram no horizonte cinzento de continuidade. Ás vezes.
Ás vezes.
O pássaro é feliz. Porque a felicidade é o verde e o cinzento. É a maresia do vento e a continuidade do equilíbrio. A liberdade da vibração do vento.
Ás vezes será infeliz, quando tudo isto lhe falta.
Ás vezes.
Ás vezes gostava de arrancar o meu coração, e amarrá-lo ao pássaro. Confiar nele a eternidade duma busca louca. E lógica.
Porque o meu coração nasceu sem asas. E ás vezes eu sou o pássaro morto que voa sob mar de terra.
Alice

Thursday, April 03, 2008

Rep Checa - parte 1

E assim cheguei a Praga. Depois do aguaceiro que observei do aeroporto de Munique, onde o céu se abriu do azul fundo para a neve cerrada; o avião insconstante que levou os passageiros aos gritos da Alemanha a Praga, e finalmente a minha chegada de autocarro à praça Dejvicka onde, nesse fim de tarde a neve me começou a cobrir os ombros e a liberdade extrema me encheu por completo. Estava perfeitamente só.
Poucas coisas se assemelham a esta sensação. É como ver um quadro que se gosta, emocionar com um filme que nos toca. Aqueles fins de tarde quentes virados para o horizonte.
É uma alegria que se sente internamente, bem no fundo do coração. É sonhar e acordar, e continuar a sonhar...
Para mim foi assim: vestir a liberdade da cabeça aos pés. O meu fato de sempre e para sempre.

Tuesday, April 01, 2008

O outro lado


A campanha de barco levou-me pelo Tejo, ao outro lado. Não da margem do Rio. Mas do outro Mundo. Um dos muitos.

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