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Tuesday, February 22, 2011

Some Kind of Monster

Am I some kind of monster?



Ensinam-nos na escola que o Monstro é aquele ser devasso e horrendo. Acorrentador de consciencias. Que o Monstro é o vilão e que a maldade lhe nasceu como nos nasce o Amor.
Mas a minha consciencia estava acorrentada à Liberdade.


Am I some kind of monster?


E eu sempre lutei contra esses acorrentadores de monstros. Pobres almas fechadas numa aparencia pestilenta. Presos naquela necessidade ancestral de que é preciso um vilao. Porque sem viloes nao há herois.


Am I some kind of monster?


E Amo os Monstros como nao amo as pessoas. Ha quem prefira os animais. Outros preferem as pedras. Eu sempre perdi o coracão por Monstros. Eles sempre deram o coracão por mim, Eu sempre fui a razão pela qual eles matam.


Am I some kind of monster?


Mas de quando em vez, o vento sopra. E eu vou com o vento, acorrentada à minha Liberdade. E há um monstro que chora.
Na suavidade da noite, o machado perde a fogosidade da Morte.


Am I a person? Or just some kind of monster?



Tuesday, February 15, 2011

Nao ha vida sem Amor.


“Ele é ele. E ela é ela.”



Para que fazer do amor uma invencão dos tempos modernos? E de nós maquinas compreensivas capazes de perdoar?


Hoje o amor serve-se com doses de adrenalina curtas. Quando acaba, despegamos uma mão de um corpo e ligamos a outro. Quando acaba. A pessoa que estava na nossa cama, passa a estar na outra, ali a outra do lado. E nos levantamo-nos, compreendemos que o amor acabou e lavamos os dentes.


E em cima da mesa estao dois comprimidos: um para o amor, outro para a vida. E cheios de nós, tomamos a vida para poder amar.


Quem me dera dizer-te que nao sou um esquilo como tu. Que o teu amor é tao falso como a minha pele que pedi emprestada para poder espreitar o teu mundo.


Se ao menos compreendesses. Abro-te a boca devagar, sem que percebas e deposito-te a vida no estomago, porque nao quero que sofras.


Mas tu nao és hipocrita como eu. E porque me amas, vomitas para cima de mim.
Nao ha Vida sem Amor.

Wednesday, February 02, 2011

O Cavaleiro da Dinamarca

Era alto forte e loiro
tão loiro que envergonhava o sol
no seu sorriso sentia-se a tristeza
nos seus olhos lia-se a alma.


(lia-se a alma ou o coração?
o coração batia na alma,
alma grande que cabia no coração!)


estendeu-me a mão que eu agarrei
admitindo o medo de fracassar
e ele ajudou-me silenciosamente
não deixando apenas, a solidão ganhar...


Sabia que ele tinha vindo de longe
sabia-o porque ele me viu...
quem está perto de mim não me vê.
E eu via-o porque ele estava longe
e sabia que ele se ia embora
se não, ficava perto...


Nunca soube o seu nome
e apesar de não ter uma espada
salvou-me, vindo do nada
o Cavaleiro da Dinamarca.


(Alice - 2000)

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