Há uma vida de céus
intermitentes escondida entre o negro do medo
e o azul dos corais.
E o pássaro atrevido que
esgravata entre as nuvens a promessa de um
arco-íris;
Talvez tenha medo do negro,
talvez anseie de morte o azul dos corais.
Mas nos céus cruzados de
propósitos e de traços geométricos, os pássaros
são como gaiolas: encerra-se
neles todo o seu espaço.
Até que, por vezes, abrimos
um escancarado céu de baunilha; E o mundo
transforma-se na brisa morna do vento numa noite de Verão.
transforma-se na brisa morna do vento numa noite de Verão.
E os pássaros voam como
crianças.
Mas a noite acaba. Eventualmente
acabamos por fechar a janela
do céu de baunilha. E deixar
os pássaros nas suas vidas.
Até que uma manhã tropeçamos
no cadáver do pássaro
que já não teve força para voar nos céus que tão bem conhecia.
que já não teve força para voar nos céus que tão bem conhecia.
É que as ações, as ações têm
consequências.