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Monday, February 20, 2006

Céu de Baunilha

A noite de sábado veio apanhar-me, mais uma vez, com insónias. Acabei por ter sorte, porque na televisão estava a dar o filme "Vanilla sky". Já tinha ouvido falar do filme, mas como não tenho em grande conta o Tom Cruise, a curiosidade de o ver não era muita. No entanto a surpresa foi enorme. Gostei muito filme, fiquei presa no sofá até ao último minuto, achei a história muito criativa, original e bem contada. Tem um toque de suspense e incita-nos a uma breve reflexão. É exactamente o tipo de filmes que me atraiem, parece que têm a capacidade de mudar o nosso humor, mostrar-nos caminhos ilimitados.
E se alguém me tivesse dito que o céu de baunilha que dá nome ao filme é o céu dum quadro de Monet, certamente que já o tinha visto há mais tempo...

Saturday, February 18, 2006

Reflexão do dia

Chuva e Sol, nuvens brancas como algodão, outras pretas ameaçadoras. Parece existir pouca firmeza na meteorologia hoje, como se a Natureza estivesse confusa.
Certos momentos encontram-nos num dia de aguaceiros, e damos por nos confusos, hesitantes.
Quando estamos feridos , quando nos desiludimos, também o nevoeiro fica mais espesso. (Abraçamos-nos ao nevoeiro, e deixamos que a sua humidade nos molhe a alma? Ou lutamos conta a nossa vontade de nunca mais enxergar de modo transparente? )

Tuesday, February 14, 2006

Dia dos Namorados

Porque o Amor é uma arte:

"Saberás que não te amo e que te amo
pois que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem a sua metade de frio.

Amo-te para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Amo-te e não te amo como se tivesse
nas minhas mãos a chave da felicidade
e um incerto destino infeliz.

O meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo."

Pablo Neruda

Monday, February 13, 2006

Curtas Férias

Escrevo este post hoje, somente para dar voz à minha indignação quanto ao número de dias destinados às férias entre semestres. Parece quase impossível quando penso nisso, mas para a semana as aulas recomeçam, e com elas a vida atarefada que não deixa espaço algum. Acaba por parecer que o tempo ainda é mais curto do que é na realidade agora que penso na quantidade de segundos de que disponho para conseguir relaxar e aproveitar estes dias. As férias acabam por parecer duplamente curtas. Onde estão as manhãs molengonas, as horas pesadas que nos prendem à cama de manha? O cheiro a torradas, a breve sensação de não ter nada para fazer?
Onde está o Sol, os passeios de bicicleta, os livros que não lemos durante todo o resto do tempo? Onde está a essência das férias?
As férias precisam de ser longas o bastante para nos criar uma atmosfera diferente, que nos torne invisiveis.
Estas férias são, definitivamente curtas.

Saturday, February 04, 2006

Filmes

Hoje, passei a tarde a ver filmes. De manhã levantei-me incrivelmente cedo para fazer um exame, cuja nota muito provavelmente nao vai ser melhorada.Para além de ter adormecido, não sabia onde era a sala, pelo que se pode ver as coisas correram bem logo desde cedo...
Depois de almoço, sentia-me tão inerte que me enrosquei numa manta e revi o fantástico "Nightmare before Christmas" e a sua banda sonora deliciosa. Logo de seguida, ( e porque estava mesmo bem com a manta...) vi " Identidade Misteriosa" um filme de suspense que tinha visto no cinema e que na altura me tinha intrigado bastante. Quando desliguei o DVD ainda fui a tempo de ver o fim de Braveheart , a história do meu heroi William Wallace ( ainda que o Mel Gibson não me agrade particularmente). Pena que tenha visto apenas do filme aquela parte em a sua confiança na liberdade é traída friamente pelos nobres escocesses, vendidos por meia dúzias de terras... Por mais que veja, por mais que conheça a história... nunca me conformo com o fim.

Thursday, February 02, 2006

Onde está o coelho?

Ás vezes, enquanto Alice, sinto-me perdida. Olho para o espelho e a casa do outro lado é tão parecida com esta... Procuro o coelho ... e não o encontro em lado nenhum, nem faço ideia de onde esteja. E assim vou caminhando sem destino.
Depois, parece que fico mais pequena, as flores tornam-se gigantescas, as lagartas que encontro só me dão pistas vagas, confusas. Sem decifrá-las continuou à deriva, cruzo-me com Chapeleiros que me falam de coisas loucas que eu não percebo. Em dias de muito azar, o humpty Dumpty ameça cair do muro e interroga-me constantemente sobre coisas óbvias ( serão mesmo?).
Mas eis que de repente o coelho surge, é só uma pinta branca lá ao fundo. O suficiente para me decidir logo a persegui-lo, e fazer desaparecer toda aquela névoa de imprecisão.

Wednesday, February 01, 2006

Prefácio

Este poema era o prefácio de um livro que li quando era mais nova. Ainda hoje continua a ser o meu preferido de Eugénio de Andrade.

A tua vida é uma história triste
A minha é igual à tua
Presas as mãos e preso o coração
Enchemos de sombras a mesma rua.

A nossa casa é onde a neve aquece
A nossa festa onde o luar acaba
Cada verso em nós próprios apodrece
Cada jardim nos fecha a sua entrada.

Eugénio de Andrade

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