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Thursday, February 24, 2005

Feelings

No outro dia, uma amiga devolveu-me o cd dos Offspring que já lhe tinha emprestado há um tempo... Isso lembrou-me a letra duma música deles que se chama" Feelings". É uma letra que sabe bem acompanhar quando se está zangado com alguém... :P Além do mais vale pela originalidade.... também se pode dedicar uma música a alguém que se odeie...

Feelings
Nothing more than feelings
trying to forget my
feelings of hate
Imagine
beating on your face
trying to forget my
feelings of hate
feelings
for all my life i'll feel it
I wish I'd never met you
you'll make me sick again
(...)
feelings like I never like you
feelings like I want to kill you
live in my heart
feelings
feelings like I wanna deck you
feelings like I've gotta get you
Out of my life

Wednesday, February 23, 2005

Mar

Ainda reflexos do dia de ontem... Resolvi escrever aqui mais um poema da Sophia de Mellho Breyner... retirado do livro de poemas "Mar", que eu tanto gosto. Oferecido pela minha mãe, que mo comprou na feira do livro aqui da Amadora. Nesse ano tinha tinha perdido a cabeça e gastei quase tudo em livros que vi à venda...

Mar sonoro, mar sem fundo mar sem fim.
a tua beleza aumenta quando estamos sós.
e tão fundo intimamente a tua voz
segue o mais secreto bailar do meu sonho
que momentos há em que eu suponho
seres um milagre criado só para mim.

É sempre estranho pensar que existem pessoas que nunca viram o Mar...

Tuesday, February 22, 2005

Cascais

Dia de passeio a Cascais. Entre risos, aguaceiros e um passeio de bicicleta o dia passou, com aquela sensação de reconforto quando o dia se passa bem. Pequenas pausas para aprecisar o mar, aqueles momentos em que paramos para assimilar mais uns raios de sol e damos connosco envoltos numa onda de optimismo, como se não existissem obstáculos na nossa vida ( ou como se fosse fácil transpo-los). Tudo me parece tão amplo, tão fácil de atingir, como se cada gesto que preciso de fazer me saisse naturalmente. Ao pé do mar tudo fica natural...
São instantes fugazes como os pingos que me vão marcando a roupa ao de leve...Mas são os suficientes para que saiba com quem partilhar as nuvens que se colapsam no fundo do horizonte...

Sunday, February 20, 2005

Matrix

Depois de pesquisar, achei o que procurava à algum tempo: alguém mais que achasse que existem muitas semelhanças entre a história de Alice de Lewis Carrol e o filme"Matrix". Depois de já ter lido ( como é obvio) os livros de Lewis Carrol, assim que vi o filme todo aquele enredo sobre outro mundo me levou para o Pais das maravilhas... Além de todas as analogias que encontrei, o proprio filme respira a filosofia do livro: a curiosidade de se seguir um coelho branco quando intimamente desconfiamos que vivemos num sonho.
E eis que um diálogo num site italiano sobre cinema veio confirmar as minhas expectativas:

- Sei tu che non capisci un tubo. Stiamo parlando della stessa cosa: Alice e Matrix sono una sola storia. Costituiscono due metafore del medesimo complotto.Ci riflettei un po' su, ma non riuscivo a capire dove volesse andare a parare. - Complotto? Una sola storia? Spiegati! - gli intimai.- Certo, caro il mio sempliciotto! - disse il PC con inflessione sfottente. - L'hai visto quel film, no? Rispondi: cos'è che fa Alice per entrare nel Paese delle Meraviglie?- Segue il Bianconiglio, no?
- Appunto. E cosa suggeriscono a Neo? "Follow the white rabbit", segui il coniglio bianco. E lui segue la ragazza con il tatuaggio di un coniglio bianco.
(...)
- Un riferimento? E Morpheus che gli dice: "I'll show you how deep the rabbit hole goes", ti mostrerò quant'è profonda la tana del coniglio?
(...)
- Te ne elenco altre di... coincidenze. Avrai sicuramente presente il ruolo peculiare che assumono gli specchi nelle avventure di Alice, in particolare in Through The Looking Glas. Bé, ricordi Neo che tocca lo specchio e la sua mano inizia a trasformarsi? O la scena in cui si vede riflesso nello specchio rotto che poi si ricompone?- E allora?

E allora? :)

Saturday, February 19, 2005

O chocolate vicia?

Hoje, sábado, fiz mais uma receita do livro que a minha avó me deu. Trata-se de receitas com chocolate... depois de já ter feito os crepes com molho de chocolate para sobremesa, esperimentei hoje as trufas. Ficaram bons... pelo menos é o que diz quem provou :P
E de acordo com o livro, o chocolate têm um lípido que se chama anandamina que provoca o mesmo efeito que substâncias presentes na marijuana, e ainda outras substâncias que causam dependência. No entanto não há razão para preocupação, porque para viciar, uma pessoa tinha que comer vários quilos de chocolate por dia...
Moral a retirar: Os livros de receitas também podem ter coisas interessantes para nos dizer.

Friday, February 18, 2005

Escrever ou não escrever?

Deverei eu continuar a escrever no blog se ninguém o ler? Esta é a questão que se impõe hoje… É mais complexa e abrangente do que se possa pensar…
Até onde vamos na importância que damos “aos outros” acerca das coisas que fazemos? Ás vezes torna-se fácil incutir em nós próprios que não dependemos de ninguém, que somos soberanos. Outras admitimos claramente que a opinião geral nos importa…
O segredo está em manter um equilíbrio. Devemos ter em conta a opinião alheia quando a opinião alheia é alguém de quem gostamos ou alguém em quem confiamos; devemos seguir a nossa vontade quando nos achamos correctos. Aliás, essa é a grande prova ao nosso sentido moral: parar quando devemos e não quando os outros nos dizem para parar. Somos nós que temos que analisar as questões e agir de acordo com a nossa liberdade, para que tenhamos liberdade. Quem não se sente preso por abdicar de algo, que lhe é vedado pela opinião dos “outros”? È uma prisão muito forte, aquela que nós próprios fazemos…
É por isso que escreverei no blog até não poder (ou não me apetecer…), mesmo que ninguém o leia. Isso deve-se ao facto de que, prioritariamente, escrevo para mim.

Thursday, February 17, 2005

Hábitos

A minha cadela passa os dias, em cima do sofá, à janela... Conhece as pessoas que passam: as que têm cães,as que lhe fazem festas, ou aquelas que por ali costumam estar. Fica inquieta quando vê as crianças jogar á bola e anseia por se juntar a elas. Incrivel como um ser não racional consegue ganhar estes hábitos tão rotineiros...

Wednesday, February 16, 2005

Típico dia de férias

Depois de já ter aproveitdo bastante os dias, (principalmente o sol de fim de tarde na praia:) ) o típico dia de ferias chegou... pequenas arrumações, o puzzle que se começa, o chá a ferver na chávena ao lado da manta onde me enrolo no sofá... as cartas que nunca mais se releram... Aqueles pequenos dias, que não tendo nada, por vezes nos dão tudo.

Tuesday, February 15, 2005

Pesadelo

Acordei de noite com um pesadelo. Daqueles que nos fazem ter medo, e não querer apagar a luz… Sonhei que estava numa cidade, onde iria haver uma explosão, e eu sabia que ia morrer. E tudo o que eu podia fazer era abraçar-me e despedir-me das pessoas que estavam comigo…Era uma sensação grotesca, aquela de saber que no próximo segundo já não estaria ali. Quando acordei e vi que ainda estava viva, aquela sensação de alívio tão peculiar, invadiu-me. Mas demorei a expulsar da minha mente o medo, e a pena… sobretudo a pena de saber que a vida ia acabar.

Monday, February 14, 2005

Dia dos Namorados

Neste dia, por vezes tão consumista, aqui fica um poema que se adapta maravilhosamente . Sempre achei que a linguagem é uma fonte de mal entendidos...

"O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz."

Sunday, February 13, 2005

Simples

Sempre apreciei as coisas simples. Pensamentos simples, sonhos simples, poesia simples… Pessoas simples. Talvez porque só a simplicidade tem o poder de exprimir o que muitas vezes só é palpável aos nossos sentidos. Pena é que, ás vezes, não nos apercebermos do mundo que pode existir numa palma de simplicidade.
Como o rei da história do reino de Helíria… estando velho e cansado, decidiu questionar as suas três filhas acerca do amor que elas sentiam, para que se decidisse a repartir o reino por elas. A mais velha, sedenta do reino do pai disse: “ meu senhor, o meu coração é pequeno de mais para conter todo o amor que vos tenho. Quero-vos muito mais do que ao Sol que me alumia, muito mais do que à luz dos meus próprios olhos, muito mais que ao marido que vou desposar…”. A segunda, seguindo a ambição da irmã, continuou o discurso magnânimo: ”O meu amor por vós não tem fim, é maior do que a imensidão das águas e dos céus. “
Estava já o rei, imerso em alegria, quando falou a terceira filha. Esta, que realmente o estimava, e ao ver todos aqueles exageros, falou com sinceridade recorrendo a uma analogia simples: “ O que não tem fim, não se pode medir. É difícil encontrar medida para o amor.(…) Preciso de vós… como a comida precisa do sal…”. E ao ouvir isto, o rei ofendido com a comparação tão pouco grandiosa, entregou o reino ás duas primeiras filhas e expulsou a última, mandando-a nunca mais olhar para ele.
Anos mais tarde, as filhas mais velhas, fartas do pai, mandaram-no embora, e ele… velho e cego, mendigando nas ruas, foi ter ao palácio da filha mais nova, sem saber onde se encontrava. Ela, que logo o reconheceu, levou-o a um banquete onde mandou preparar os melhores pratos: o melhor peixe e carne. Os melhores alimentos e os melhores cozinheiros. Mas tudo, sem uma pitada de sal. Quando o rei esfomeado começou a comer, ficou horrorizado com o sabor daquela comida. Ao que a filha mais nova respondeu: “vistes agora a falta que o sal faz?”.

Saturday, February 12, 2005

Hoje em dia

Antigamente as princesas tinham que beijar muitos sapos até encontrar o principe. Hoje em dia, neste mundo de principes encantados, tornou-se difícil encontrar o sapo...

Friday, February 11, 2005

Hoje nada estraga o meu dia

Hoje é o dia do meu último exame (finalmente!), mas nem isso torna a minha manhã menos solarenta. Acordei tão bem, e sinto-me feliz por uma qualquer razão que desconheço...( talvez seja o facto de não saber o que é, que me deixa assim tão feliz...)
Mas que interessa isso? O que é preciso é aproveitar o momento, sem questões demais que nos racionalizam... Hoje nada estraga o meu dia.

Thursday, February 10, 2005

desabafos

Hoje o dia não foi grande coisa... a minha mana está doente... e quando vemos alguem de quem muito gostamos mal... acabamos por ficar mal também... não é?
Para além disso, por entre o bafio das horas que se escorreram hoje, a ligeireza de um remorso passado assolou-me... Talvez seja a idade e a responsabilidade, cada vez mais presente, dos nossos actos...

" Não fui capaz de entender nada. Devia tê-la avaliado não pelas suas palavras , mas pelos seus actos. Ela perfumava-me e dava-me luz! Eu nunca devia ter fugido! Devia era ter sido capaz de perceber toda a ternura escondida naquelas suas pobres manhas. As flores são tão contraditórias! (...) "
O Principezinho

Wednesday, February 09, 2005

Aniversário

Quando andava no secundário tive de fazer um trabalho sobre um poema da Sophia de Mello B. ... Talvez porque foi perto da data dos meus anos, talvez porque gostava muito dele e o examinei a fundo, o que é certo é que neste dia... é sempre o poema que me vem à memória:

"De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
onde me uni ao mar ao vento e à lua

Cheiro a terra as àrvores e o vento
que a primavera enche de perfumes
mas neles só quero e só procuro
a selvagem exalação das ondas
subindo para os astros como um grito puro"



Tuesday, February 08, 2005

Férias...

Anseio desesperadamente por férias... ( quem não anseia, não é?) Sinto-me cansada de corpo e alma, de algum modo. Não é o facto de ter que estudar que me limita... mas sim a pressão do tempo. A obrigação e as regras no seu geral. Apetece-me gastar o meu tempo com coisas parvas, como deitar-me na cama a ouvir música durante uma tarde ou apanhar sol á janela... gastar o meu tempo, da maneira como eu quero... Tanto tempo temos nós de vida... e talvez, se contarmos, o único tempo que gastámos a fazer o que queriamos, passou na infância.
Férias, a eterna palavra salvadora! Não interessa se as nossas férias sao longas ou nao, interessa que quando as prevemos, adormecemos a pensar nelas, perdemos tempo a antecipar o que vamos fazer ( ou o que não vamos fazer) e irradiamos felicidade quando acordamos , abrimos os olhos e nos invade a consciênciade de saber que elas chegaram. Mantêm-nos vivos e confortam-nos. No fundo, todos sabemos que "o nosso tempo" é um bem muito precioso.

Monday, February 07, 2005

Mestre

Em dias em que não sabemos o que dizer, citamos o nosso mestre.

"Domina ou cala. Não te percas, dando
Aquilo que não tens.
Que vale o César que serias?Goza
Bastar-te o pouco que és.
Melhor te acolhe a vil choupana dada
Que o palácio devido"

Ricardo Reis

Sunday, February 06, 2005

Chuva

Chuva, finalmente!Confesso que, apesar de adorar os dias de inverno solarentos, pra poder passear e inspirar o ar seja gélido, já tinha saudades dum dia chuvoso. Até porque como tenho que estudar, este é sempre o melhor tempo. De manha, um cafezinho a escaldar, e de tarde, por entre as páginas do livro de Materiais, um olhar sempre atento à janela e ás gotinhas de água que escorrem. Abre-se a janela... e sente-se o melhor perfume natural: o cheiro a terra molhada. Não posso deixar de me lembrar que este cheiro é devido a um composto que umas bactérias que "moram" na terra produzem quando chove.... fica assim provado que a microbiologia serve verdadeiramente para alguma coisa:)
Entre todas estas divagações não me apetece estudar. Fico com vontade de largar isto tudo e ir dar um passeio plas ruas molhadas, à espera quem sabe... de um arco-íris...

Saturday, February 05, 2005

Viagens

A minha irmã vai a Londres em Abril, numa viagem de finalistas... Sem querer dou comigo ligeiramente melancólica, porque sei que a minha janela se vai continuar a abrir todos os dias para a mesma paisagem...

Friday, February 04, 2005

Carnaval

Estamos pertinho do Carnaval... por isso mesmo, hoje enquanto vinha na rua cruzei-me com várias crianças mascaradas... Tenho que dizer que não gosto nada do Carnaval...( balões de água, partidas, palhaçadas...) com excepção das mascaras, que acho formidáveis... Quando era pequena adorava mascarar-me e ... se pudesse ainda hoje o faria. Não tenho idade ( eu sei) , mas se pudesse , este ano mascarava-me de palhaço Mimo, aqueles com a cara pintada de branco, e camisola ás riscas que usam luvas ( gosto particularmente das luvas) e que não falam, comunicam só com gestos... Seria a mascara perfeita :)

Thursday, February 03, 2005

Imaginação

"Tristes da pessoas que já se esqueceram ( ou nunca souberam) imaginar..." é tudo o que me apetece dizer por hoje.

Wednesday, February 02, 2005

Cinema

Fui ao cinema hoje... Exactamente como gosto: a uma hora em que há pouca gente. A sala fica intimista, como se o encontro tivesse sido premeditado por todos os que, àquela hora, decidiram fugir ao ruído da cidade.
Para completar este cenário... o filme não desilude. Entre sonhos e realidades, objectividade e imaginação a tela faz-nos esquecer para além de onde estamos: quem somos!
De qualquer modo... e mesmo que o cenário não fosse o perfeito tenho a certeza que gostaria do filme do mesmo modo. Não haveria melhor para ver hoje, a oito dias do meu aniversário: mesmo que não quisessemos o Mundo obriga-nos a crescer....

Tuesday, February 01, 2005

"Olá? Está aí alguém?"

“Hallo? Er det noen her?” é o título do livro do norueguês ( nórdicos...:) ) Jostein Gaarden. Como se o título não fosse sugestivo o suficiente, o livro fala metaforicamente da importância das perguntas, da nossa consciência, dos sonhos… Aliás nada mais próprio do que para este blog, a sempre tão presente alusão aos sonhos. Parecendo que não a Alice e o génio de Lewis Carroll andam sempre por ai...

“Talvez estejas a perguntar a ti mesma se encontrei Mikka de verdade ou se foi simplesmente um sonho. (…) Cheguei à conclusão de que, no fundo, o que importa é termo-nos encontrado.”

“Recordar um sonho é quase tão difícil como apanhar um passarinho, mas ás vezes , é como se o passarinho viesse pousar espontaneamente no nosso ombro.”

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