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Tuesday, November 23, 2010

Paris, une outre fois

“J’ai ainsi eu, au cours de ma vie, dês tas de contacts avec dês tas de gens sérieux. J’ai beaucoup vécu chez les grandes personnes. Je les ai vues de très près. Ça n’a pás trop amélioré mon opinion.
Quand j’en rencontrais une qui me paraissait un peu lucide, je fasais l’experience sur elle de mon dessin numero 1 que j’ai toujours conserve. Je voulais savoir si elle était vraiment compréhensive. Mais toujours elle me répondait: “C’est un chapeau” Alors, je ne lui parlais ni de serpents boas, ni de forêts vierges, ni d’étoiles. Je me mettais à sa portée. Je luis parlais de bridge, de golf, de politique et de cravates. Et la grande personne était bien contente de connaître un homme aussi raisonable…” Antoine de Saint-Exupéry


E ele sabia.
Eu. Eu vivo com uma jibóia nas mãos.
É o meu futuro na forma de segurança social ou da hipoteca da casa
que nunca chego a comprar.
É o chapéu deles.
É lá que escondem os coelhos atrofiados e esganiçados
que a falta de imaginação
já não cura.
E como não sabem o que fazer ao presente,
prometem tratar do futuro.

Depois, dizes-me que eles não sabem de nada,
Que o Mundo é um lugar vasto e cheio
de oportunidades únicas.
Vestes as teclas do piano, e dás de beber aos
quadros que vais pintando por aí.
Até que um dia me telefonas do teu
escritório afagado em alfazema:
É assim que financias os teus
Poemas, dizes-me tu.
Que devia explorar o Mundo
Pela lente opaca de quem bebe de mais.

Mas na verdade, só te passou
a juventude, como te passam
as alergias.


(A caminho de Orly)

Wednesday, November 17, 2010

Espaço-Tempo de Einstein

Já nada é igual ao que era
E no entanto, todas as coisa estão no
mesmo sítio:
O teu livro na minha mão,
A minha mão na tua cidade,
E o avião partido
entre os nossos corpos.

Mas o tempo não é absoluto
por Ninguém.
O tempo é só mais uma dimensão
do espaço,
Que por ironia foi a única
que desprezaste.
E agora cheira-te sempre ao mesmo
quando o mar te bate à porta
E te relembra aquela tarde
salpicada de gritos
de gaivotas.

Leste poucos livros de física:
Porque o tempo é tão efémero
Que também morre.

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