- And so the lion fell in love with the lamb.
- What a stupid lamb!
- What a sick, masochistic lion!
From Twilight movie
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Sunday, December 28, 2008
Monday, December 22, 2008
The Call of Ktulu
Não me deixes. A noite está tão escura.
Não me deixes. Não me deixes. Não me deixes. Não quero ficar com a noite escura. Amo-a de mais.
Não te vejo. Mas confio que aí estejas. É assim o nosso estranho amor, neste estranho lugar inóspito e agreste. Sinto a fúria do vento e o sal duma tempestade que já aconteceu há muito tempo. Hoje em dia o céu está sempre negro, mas nunca chove.
Não me deixes. É tudo tão instável.
Se me deixares a balança equilibra o coração e o amor arruma-se. E morre lentamente, abrindo os olhos para a vida. Não faças isso.
Não me deixes.
Mas talvez já não estejas aqui, como eu pensava. Talvez já não ouças. Talvez me tenhas deixado. Pode ser esta música o delírio vadio da minha consciência que não quer acordar. A noite é escura e eu estou sozinha.
Uma corda de perguntas enrola-se no pescoço. Não quero as respostas. Amasso-as com a mão de areia escura.
Deixaste-me.
Houve um tempo em que te pedi para não me deixares. Chamei-te. Seria eu? É que a noite escura sempre me abraçou. E não tenho a certeza que alguma vez te tenha visto.
Não me deixes. Não me deixes. Não me deixes. Não quero ficar com a noite escura. Amo-a de mais.
Não te vejo. Mas confio que aí estejas. É assim o nosso estranho amor, neste estranho lugar inóspito e agreste. Sinto a fúria do vento e o sal duma tempestade que já aconteceu há muito tempo. Hoje em dia o céu está sempre negro, mas nunca chove.
Não me deixes. É tudo tão instável.
Se me deixares a balança equilibra o coração e o amor arruma-se. E morre lentamente, abrindo os olhos para a vida. Não faças isso.
Não me deixes.
Mas talvez já não estejas aqui, como eu pensava. Talvez já não ouças. Talvez me tenhas deixado. Pode ser esta música o delírio vadio da minha consciência que não quer acordar. A noite é escura e eu estou sozinha.
Uma corda de perguntas enrola-se no pescoço. Não quero as respostas. Amasso-as com a mão de areia escura.
Deixaste-me.
Houve um tempo em que te pedi para não me deixares. Chamei-te. Seria eu? É que a noite escura sempre me abraçou. E não tenho a certeza que alguma vez te tenha visto.
Alice – The Call of Ktulu (Metallica)
Monday, December 15, 2008
Sunday, December 07, 2008
Não é Amor
Esta semana fui ver Madagascar2. Qual não é o meu espanto, que no meio do enredo do filme, surge uma pequena história de amor entre a girafa hipocondríaca e a gorda hipopótama. Não é que esse facto, por isso só me choque. Sempre foi uma constante nos filmes de desenhos animados as histórias de amor e as suas morais interessantes, como a Pequena Sereia ou a Bela e o Monstro. No entanto, nos últimos tempos noto com desagrado que a moral que se passa às crianças é algo banal, para não dizer mesmo "lamechas".
Em Madagascar2 a girafa declara o seu amor, enumerando dramaticamente os gostos pessoais da Glória e em como ela era o seu objectivo de vida enquanto viveram no jardim zoológico. Mas pior do que isso, é ver que Glória, que nunca antes teve nada em comum com Melman, lhe retribui esse amor. Parece que tudo o que basta, é haver alguém que nos olhe, que nos adore, que nos siga nos nossos hábitos.
Fiquei também com essa sensação quando vi WallE. Surpreendeu-me pela negativa, uma vez que já Sheakspeare inventou uma história de amor tão profunda e original, ver um robôt desesperado por uma companhia, parece-me uma moral demasiado negativa a passar.
Quererão as pessoas apenas não ficar sós?
É porque é somente disso que se trata. Não há cumplicidade, nem química entre os bonecos. Não há identidade, nem a particularidade dum sentimento único que é estar apaixonado.
Tudo se baseia na vontade que os bonecos têm de dar a mão, de dar carinho, de adorar.
Mas isso não é amor.
Ou não deveria ser.
Em Madagascar2 a girafa declara o seu amor, enumerando dramaticamente os gostos pessoais da Glória e em como ela era o seu objectivo de vida enquanto viveram no jardim zoológico. Mas pior do que isso, é ver que Glória, que nunca antes teve nada em comum com Melman, lhe retribui esse amor. Parece que tudo o que basta, é haver alguém que nos olhe, que nos adore, que nos siga nos nossos hábitos.
Fiquei também com essa sensação quando vi WallE. Surpreendeu-me pela negativa, uma vez que já Sheakspeare inventou uma história de amor tão profunda e original, ver um robôt desesperado por uma companhia, parece-me uma moral demasiado negativa a passar.
Quererão as pessoas apenas não ficar sós?
É porque é somente disso que se trata. Não há cumplicidade, nem química entre os bonecos. Não há identidade, nem a particularidade dum sentimento único que é estar apaixonado.
Tudo se baseia na vontade que os bonecos têm de dar a mão, de dar carinho, de adorar.
Mas isso não é amor.
Ou não deveria ser.
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