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Wednesday, November 30, 2005

Demasiado tarde?

“Mais vale tarde do que nunca”. Provérbio antigo, tantas vezes dito. Será que é pela eterna esperança humana? Será que é porque o Nunca nos assusta? Achamos sempre que o derradeiro esforço, a última oportunidade valem mais do que o inóspito deserto das acções que ficam por fazer, ou pior, das palavras que ficam por dizer…E a verdade é que o Nunca é tão eterno…
Mas eu prefiro ,“ nunca do que demasiado tarde”, porque o nunca pode deixar-nos o sonho, o lamento do que poderia ter sido. O demasiado tarde, tira-nos tudo, até esse sonho. A verdade é que quando dizemos “ não, eu prefiro tarde do que nunca “ é porque sabemos que lá no fundo, ainda não é demasiado tarde…

Monday, November 28, 2005

Harry Potter e o Cálice de Fogo

Este sábabo fui ver Harry Potter e o cálice de fogo. É claro que num filme destes a expectiva é enorme e a margem de decepção considerável. Por muito bem que esteja o filme, nada ultrapassa a imaginação dum livro, não apenas pelas figuras que criamos mas pelos momentos únicos enquanto atmosfera que se cria, e que é absolutamente única para cada leitor. Apesar de tudo, fiquei muito surpreendida. O realizador não pretendeu expor todo o livro no filme, ao inves disso escolheu as cenas mais emblemáticas, que marcaram as acções na história e desenvolveu-as de maneira activa e rica. Dei por mim a seguir o filme atentamente, apesar de saber o que se ia passar.
Não abdico da minha versão, e prefiro ainda assim, ler os livros. Mas como filme, como tela da história, gostei muito. De resto, só retirava a multidão que estava no cinema.


PS: A não perder, "Corpes's bride" um filme de desenhos animados de Tim Burton. É a história de um rapaz que por engano se casa com um cadaver. Mesmo ao seu estilo, e com a voz do boneco principal de Johhny Deep!

Thursday, November 24, 2005

A vida é bela

Hoje tive o impulso de reler os textos mais antigos que escrevi. É como ver um album de fotografias...

"Dizes-me que a vida é bela. Não acredito. O sonho, esse sim é um verdadeiro pássaro que me faz voar por cima do mundo e me deixa tocar as nuvens.
(Ás vezes o voo é tão baixo que o vidro que me separa da vida parece realmente transparente...).
Vejo nos teus olhos que te alegras quando o sol brilha e te voltas para ele como um girassol. E não entendo. Sei que vives porque sentes o cheiro do mar no sangue e tens as cores do arco-íris no coração. A tua vida é uma seara dourada que ondula ao sabor do vento fresco. Cheiras a liberdade de perto, porque vives. E eu gostava de voltar a ser como tu. Gostava de ultrapassar a tristeza daquele dia em que o meu sol desapareceu. Porque quem vive estranhamente feliz, ao ver o sol brilhar, arriscar-se a ficar repentinamente triste, quando uma nuvem tapa o sol....
Incitas-me a largar definitivamente o sonho, e argumentas que sonho algum ultrapassa a tua realidade. E acho que tens razão. Não há nada, em nenhum mundo que supere o barulho das ondas, as cores do céu e os mil encantos do sol. Pode ser que finalmente me ensines a ver que a vida é bela..."

Lúcia-2000

Tuesday, November 22, 2005

Prosa - pensamentos

Aquela vontade de viajar…. Não o viajar turístico, não a mudança exclusiva para outro sítio. Não é isso. É um viajar maior, um viajar de espírito, de aventura, de descontrolo. O sonho de não se sabe bem o quê, mas que permanece idílico e inadiável, cada dia mais… Hoje de tarde, este viajar rodopiou-me na cabeça, enquanto lutava para não adormecer completamente no autocarro que me trouxe de Alcanena. Como nunca chego a classificar o sonho nem o viajar, acaba por ser sempre uma surpresa o inesperado aparecimento deste sentimento tão repleto de dúvidas como de certezas. E de algum modo, é tão único que me pergunto se não terei saudades de voltar a senti-lo quando conseguir classificar o sonho e o viajar…

PS: No livro O Alquimista de Paulo Coelho, o mercador de cristais adiava a ida à Meca porque temia, que após realizar o seu sonho, não tivesse mais razão para viver…

Sunday, November 13, 2005

Um paraíso

A verdade é que nem sei muito bem porque penso nisto… Já ouvi a música centenas de vezes e parece que nunca me canso. Está tanto frio hoje, tenho as mãos geladas enquanto escrevo, e tudo o que me apetece é deitar-me nos cobertores quentes a ouvir este som e sonhar com um paraíso: o paraíso que me vem à cabeça enquanto oiço a música. Um qualquer sitio de descrição difícil para o meu cérebro sonhador. Algo como um sítio cheio de flores, onde o cheiro é delicioso e eu posso voar ao sabor da brisa morna; onde o Sol é resplandescente e se reflecte nas nuvens brancas e volumosas; onde o tempo tem o seu espaço, nem mais nem menos. Um sítio onde a minha alma se desprende por completo e dá largas ao sentimento que me perturba neste momento ao ouvir a música, e que eu não percebo porquê.

Thursday, November 10, 2005

O grito


"I was out walking with two friends - the sun began to set - suddenly the sky turned blood red - I paused, feeling exhausted, and leaned on the fence - there was blood and tongues of fire above the blue-black fjord and the city - my friends walked on, and I stood there trembling with anxiety - and I sensed an endless scream passing through nature."

Edvard Munch

Sunday, November 06, 2005

Poemas matemáticos

Poderá a soma dos ângulos
de um triângulo
não ser 180º?

Digo-te que sim se
não considerares a geometria
plana.

O mundo é tão mais interessante
quanto mais nos curvarmos
para o observar.

Lúcia- Maio/05

Wednesday, November 02, 2005

Fyn - Dinamarca


Até agora nunca tinha colocado nos meus posts imagens. No entanto adoro fotografias de paisagens, principalmente de nuvens, das quais já tenho uma boa colecção. Ter a máquina digital foi sem dúvida, um enorme passo na minha independência fotográfica. Para além disso, não descarto as imagens que encontro na internet, como esta encontrada num site que nos fornece paisagens de vários sítios do mundo.

Tuesday, November 01, 2005

Terapia

Ontem o dia esteve de aguaceiros, nuvens negras e brancas e arco-íris: uma maravilha! À tarde depois de sair do Técnico, fui passear um pouco na fnac, ás vezes sabe-me bem ler assim pedacinhos dos textos, acabo sempre por descobrir o universo de livros que gostava de ter...
Já ao fim da tarde, não resisti e comprei castanhas, à força de tanto gostar do cheiro acabei por gostar do sabor também... A viagem para casa, no autocarro foi reconfortante: as mãos aquecidas no papel das castanhas e os olhos postos nas nuvens. Só é pena que nas paragens entre tanta gente. Se não fosse isso, esta pequena viagem até casa todos os dias, era a minha terapia relaxante.

PS: Não posso deixar de estar espantada. Como é que alguém pode traduzir Harry Potter and the Half Blood prince por: Harry Potter e o Príncipe Misterioso? Pergunto-me, este tradutor/a leu o livro?

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