Hoje tive oficialmente saudades do mar.
Saudades daquele por-do-sol incandescente. Do brilho dos ultimos raios num curto corredor de mar. Da areia escura, o toque frio. Das ondas que rebentam continuamente na alma.
Saudades daquela calma, daquela solidão prometida que descansa. Como fechar os olhos e dormir um sono profundo. Ali ainda melhor: com o melhor dos sonhos.
Translate
Monday, January 21, 2008
Sunday, January 20, 2008
Livro do Desassossego - parte I
"O dia passa. O que é o tempo se não uma mistura entre o verde e o azul? Mas esqueci-me, tu não sabes as cores. Não fazem parte do teu universo. Nem é uma questão de ser preto e branco. Para ti não há cores, porque não reparas nelas. E para mim o tempo era assim, também não existia.
Mas agora há mais do que isso que tu não vês. Aparentemente o que ambos não vemos construiu uma ponte. A nossa distância.
E até me sinto confortável. A definição é confortável. O tempo passa, e com ele varrem-se as lágrimas e a secura das rosas. E com ele fica a saudade e os mitos. As raízes velhas em torno do coração. Mas tu não sabes nada sobre raízes. Também não as vês, e elas também não existem. E como já não há rosas nem lágrimas o mundo é perfeito como uma nuvem isolada por detrás de um sol aparentemente tímido. "
Mas agora há mais do que isso que tu não vês. Aparentemente o que ambos não vemos construiu uma ponte. A nossa distância.
E até me sinto confortável. A definição é confortável. O tempo passa, e com ele varrem-se as lágrimas e a secura das rosas. E com ele fica a saudade e os mitos. As raízes velhas em torno do coração. Mas tu não sabes nada sobre raízes. Também não as vês, e elas também não existem. E como já não há rosas nem lágrimas o mundo é perfeito como uma nuvem isolada por detrás de um sol aparentemente tímido. "
Alice
Thursday, January 10, 2008
Aparição do novo ano
O Minotauro
Assim o Minotauro longo tempo latente
De repente salta sobre a nossa vida
Com veemência vital de monstro insaciado.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Assim o Minotauro longo tempo latente
De repente salta sobre a nossa vida
Com veemência vital de monstro insaciado.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Subscribe to:
Posts (Atom)
Popular Posts
-
"O baixo não se ouve, sente-se". Esta frase foi dita e ao pensar sobre ela, conclui que era verdade. O baixo é um instrumento de f...
-
Páginas breves que o tempo escreve. E o orvalho cai no pasto como essa consciência na minha noite estrelada. E ele não está comigo. E isso é...
-
E assim a Cinderela chegou ao seu concerto, numa mota espectacular e com a sua roupa e botas preferidas. Quando estacionou a mota, ouvia os ...
-
Estou cansada. Perco-me todos os dias em sonhos inúteis. Fósforos que acendo para suportar o frio que me deixaste. Canso-me ao acordar todos...
-
No caminho que fez a pé, passou pelo cemitério. E decidiu entrar. Ali encontrou solidão e um pouco de silêncio que tanto precisava. Caminhou...
-
Não devia. E provavelmente terá um curto espaço de vida até amanhã. Existirá depois talvez, mas já num Universo paralelo desviado. Agora, ne...
-
Serei sempre o leão. Não posso fugir a esse desígnio. Não são as estrelas que o determinam. Mas a minha sede de caçador. A minha eterna frie...
-
O Beijo. Acordou silenciosamente, tremendo. Era tão reprimido quanto isso. O soalho de madeira estava impecavelmente liso, espalmado pelo lu...
-
Em dias como o de hoje quando fecho os olhos é a tua figura que vejo. Estás na praia, aquela praia enorme e pura, cheia de amarelo e de um...