Já nada é igual ao que era
E no entanto, todas as coisa estão no
mesmo sítio:
O teu livro na minha mão,
A minha mão na tua cidade,
E o avião partido
entre os nossos corpos.
Mas o tempo não é absoluto
por Ninguém.
O tempo é só mais uma dimensão
do espaço,
Que por ironia foi a única
que desprezaste.
E agora cheira-te sempre ao mesmo
quando o mar te bate à porta
E te relembra aquela tarde
salpicada de gritos
de gaivotas.
Leste poucos livros de física:
Porque o tempo é tão efémero
Que também morre.
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