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Saturday, July 19, 2008

Amor

É um amor intrinseco ás viagens, ao Mar... O Amor que nos mata, ou que nos morre nas mãos. É nosso. Vive-nos. Saibamos nós viver com ele.

Quando eu morrer - pediu Hans - mandem construir um navio um cima da minha sepultura.
- Um navio? - murmurou o filho mais velho. - Um navio como?
- Naufragado - disse Hans.
E até morrer não falou mais.
(...)
A sua enorme sombra inquieta quem passe sozinho na avenida dos plátanos e muitos perguntam porquê tão estranha sepultura. Porém é nesse navio que, nas noites de temporal, Hans sai a bairra e navega para o Norte, para Vig, a ilha.

A saga - Histórias da terra e do mar-Sophia de Mello Breyner Andersen

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