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Friday, March 12, 2010

Delírio

Vou dizer-te um segredo.
Sabes quando não tenho limites?
É como hoje.

Hoje queria que as janelas pegassem fogo. Que o calor invadisse o meu corpo pirómano. Sempre me senti atraída para o fogo. A intensidade da morte suga-me os pensamentos.
Ou talvez esse fogo me trouxesse essa vida que eu quero.
Batem-me à porta. De repente percebem que não tenho jeito para coisa alguma do que faço. A não ser para me destruir.
Mas há um resquício em mim que deseja salvar-te. É por isso que escrevo poemas.
Batem-me à porta outra vez. É a mim que querem. Há um circo na cidade e precisam de alguém que brinque com o fogo.
Sou eu.

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