Bebo para não ver a vida em
câmara lenta, para que a dor profunda no pequeno círculo do meu coração não me
engula. Para que possa ser Eu sem a parte de mim que me estranha. Bebo para
acelerar tudo, e viver dos eletrões que podem estar em qualquer lado sem estar
verdadeiramente em lugar algum.
Depois, quando o tempo passa,
sento-me espantada em frente ao espelho. E olho: as minhas mãos são as da minha
avó.
No comments:
Post a Comment