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Monday, April 21, 2008

Ás vezes

Ás vezes. O pássaro voa preso ao vento. Do mar recebe a luz do fundo, do verde escuro. O vento gira e canta. As nuvens prendem-se no céu. O magnetismo suspende-as no cenário do pássaro que se mantém num equilíbrio vitalício. As cordas de som vibram no horizonte cinzento de continuidade. Ás vezes.
Ás vezes.
O pássaro é feliz. Porque a felicidade é o verde e o cinzento. É a maresia do vento e a continuidade do equilíbrio. A liberdade da vibração do vento.
Ás vezes será infeliz, quando tudo isto lhe falta.
Ás vezes.
Ás vezes gostava de arrancar o meu coração, e amarrá-lo ao pássaro. Confiar nele a eternidade duma busca louca. E lógica.
Porque o meu coração nasceu sem asas. E ás vezes eu sou o pássaro morto que voa sob mar de terra.
Alice

1 comment:

Anonymous said...

'Porque o meu coração nasceu sem asas(...)'
Ha alturas em que parece que ele esta confortavel com a ideia de que nao carece de asas porque as nao precisa. Mas, quando acorda, quando observa o passaro e o magnetismo, inveja-o.
Ter a terra, ter parte ou te-la toda, possuir, ser seu dono, nao chega. O passaro nao tem o ceu, nao tem o mar , voa sobre eles.É livre. Tem asas.

Gsotei muito muito do teu texto :D

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