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Wednesday, May 07, 2008

Poema do dia

Memória

Há uma ilha deserta
coberta de espuma
Onde os segredos são
conchas.
E a verdade desabrocha
na areia.

Nessa ilha onde tu morreste.
O vento canta de noite
numa melodia de búzios
E perpetua nas rochas
Uma memória gravada
De quem foste.

Alice - 03/05/08

1 comment:

Anonymous said...

Gosto deste poema. Nao tenho a certeza de que o tenha compreendido em toda a sua grandeza mas, pelo menos a imagem com que me ficou, ultrapassa o verbo agradar ou gostar.

Lembra-me irremediavelmente Sophia e o seu recurso ao mar, á ilha e á praia para mudar o sentido das palavras dolorosas. E entao, as palvras deixam de magoar, "morreste" passa a ter outro significado : é a morte de uma acontecimento que simplesmente nao faz sentido no presente, e a permanencia eterna de uma memoria que esta gravada na rocha - e que durará indefinidamente.

É provavelmente dos meus poemas preferidos. Parece tanto Sophia!

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