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Thursday, August 09, 2007

O meu gato de Schrödinger

"Um físico chamado Schrödinger, propôs que fossem colocados dentro de uma caixa um gato, um contador Geiger, um frasco de veneno, e um punhado de elemento radiativo. A chance de o elemento radiativo emitir radiação numa hora deveria ser 50% e o veneno deveria ser letal, mas o gato poderia ser de qualquer raça ou cor.
O experimento se desenvolveria da seguinte maneira: se, por acaso, o elemento radiativo emitisse radiação, o contador Geiger iria perceber o facto, activando um mecanismo que quebraria o frasco, libertaria o veneno, e mataria o bichano. Para o cientista, tudo que resta é abrir a caixa depois de uma hora, e ver se o gato estava morto ou vivo. Para solucionar o problema, o físico Hugh Everett III propôs, em 1956, a teoria dos mundos paralelos. Segundo essa proposta, quando o elemento radiativo emite a radiação, o mundo divide-se em dois universos paralelos: um onde o gato vive, e outro onde o gato morre."
Não há nada pelo que possa chorar. Não posso chorar pelo teu regresso adiado. Não existe regresso. O que existe é a mágoa do que deveria ter sido. Existe o desalento de um mundo que existiu paralelamente a este; existiu demasiado colado e possível durante demasiado tempo. Mas os mundos que não existem, separam-se. O único que conta é o real, o que prevalece. Nas tuas mãos um dia, esteve a determinação do mundo que seguiria.
Existe por isso o desalento de não ter pelo que chorar. Os meus motivos enterram-se numa realidade paralela que me acompanha mas que não existe, a não ser para mim.

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