Conforta-me,
respira-me. Faz-me saber quem sou.
Não há nada
pior do que esta lenta perda de
indentidade.
Sem música e
sem a arte
Tudo é monotonamente.
Sem mar, sem
Lua, sem as constelações das
noites
quentes.
Apenas um
bater de horas de uma vida apressada
para nenhum
lado.
Conforta-me.
Faz-me respirar contigo. Ás vezes,
abro a
janela, as folhas já cairam das árvores e eu
não sei o
que foi do Verão: Morri momentaneamente
sem dar
conta.
Preciso que
me respires, para que saiba quem sou.
Porque
enquanto te ouvir, tudo o que vale pena
existe,
E a minha
existência existe, mesmo que
eu já esteja
morta.