Memória
Há uma ilha deserta
coberta de espuma
Onde os segredos são
conchas.
E a verdade desabrocha
na areia.
Nessa ilha onde tu morreste.
O vento canta de noite
numa melodia de búzios
E perpetua nas rochas
Uma memória gravada
De quem foste.
Alice - 03/05/08
1 comment:
Gosto deste poema. Nao tenho a certeza de que o tenha compreendido em toda a sua grandeza mas, pelo menos a imagem com que me ficou, ultrapassa o verbo agradar ou gostar.
Lembra-me irremediavelmente Sophia e o seu recurso ao mar, á ilha e á praia para mudar o sentido das palavras dolorosas. E entao, as palvras deixam de magoar, "morreste" passa a ter outro significado : é a morte de uma acontecimento que simplesmente nao faz sentido no presente, e a permanencia eterna de uma memoria que esta gravada na rocha - e que durará indefinidamente.
É provavelmente dos meus poemas preferidos. Parece tanto Sophia!
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