Vivemos uma vida toda sem
saber de nada. A grande maioria do que vemos acontecer aos outros desconhecemos
profundamente se já nos aconteceu alguma vez. As dores e as cicatrizes saram para
dentro enquanto dormimos ou estamos distraídos à janela. E criam raízes.
Somos os escravos que trabalham continuamente para alimentar uma barriga vizinha? Ou somos os escravos obrigados a agradecer a comida que nos dão para engordarmos e justificarmos a nossa existência?
Ah.... que felicidade têm os miúdos que nunca se perderam na floresta...! É que uma vez perdidos, já nada os salva.
Vamos passando pela vida sem
notarmos os abusos e as tristezas até ao dia em que, perto do precipício, uma
onda de consciência se abate sobre nós e com os olhos molhados vemos um corpo
mutilado, estragado. Irremediavelmente perdido, que nunca voltará.
Somos os escravos que trabalham continuamente para alimentar uma barriga vizinha? Ou somos os escravos obrigados a agradecer a comida que nos dão para engordarmos e justificarmos a nossa existência?
Ah.... que felicidade têm os miúdos que nunca se perderam na floresta...! É que uma vez perdidos, já nada os salva.
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