No dia em que vi a entrevista completa da rapariga austríaca raptada aos 10 anos e que esteve presa até aos 18, apercebi-me que o trauma que a atingiu não é muito diferente do que se pode passar connosco, em algumas alturas.
De facto, dizem os psicólogos que ela desenvolveu uma frieza calculista que lhe gelará o coração para sempre. Foi assim que sobreviveu, calando o medo e enterrando as memórias ruins que tinha. É assim que se luta pela liberdade. E é o que fazemos quando o pequeno quarto onde estamos ou a pequena cidade em que vivemos se torna na cave de Natasha. Esperamos dias, meses, anos pela oportunidade. Ás vezes chegamos a duvidar que ela apareça, mas é isso que nos mantem glaciarmente vivos: a esperança na liberdade.
PS: As minhas desculpas aos eventuais leitores deste blog, mas a avaria dos computadores é um problema de resolução lenta...
1 comment:
Ou somos livres, ou somos frios e calculistas.É um paradoxo, ser-se livre é ser-se humano.
Beijos Pan =))
Post a Comment