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Sunday, April 22, 2007

PARIS PARTE II - Claude Monet

Foi assim a entrada no museu de Orsay: podem dizer-te como é o paraíso mas se não o vires isso de nada te vale.
O sol quente de Paris, um pouco inexplicável, levou-me à entrada deste museu prometido. Lá dentro a sombra fresca levitou-me para outras épocas, para outros estados e dimensões do meu ser. É por isso que gosto de pintura.
Sabia que ia encontrar Monet. Mas isso de nada me valeu. Quando espreitei ao de leve e vi um dos meus quadros preferidos na sala em frente à que eu estava, senti um aperto no estômago, uma curta e breve indisposição. Não podia ser verdade.
Mas era. Uma sala inteira, branca, linda, cheia de quadros. Os meus olhos começaram a olhar para todos os lados, e de todos os lados vinham as pinceladas que eu tão bem conheço. De todos os lados me vinham as paisagens que conheço de cor. Que vejo se fechar os olhos. Olhava para todos os quadros e todos me eram familares, apetecia-me passar ali o resto do tempo.
Talvez algo sofregamente, atropelei as pessoas e fixei-me com cuidado nos meus preferidos expostos (a mulher com a sombrinha e os nenufares), uma alegria verdadeira de saber estar a olhar directamente para a cor que tantas vezes me dá cor. Senti uma profunda vontade de chorar. A beleza era tanta que quase magoava . E o que me desperta quando os vejo, foi muito mais intenso ali.
Sabia que ia ver Monet, mas isso realmente, de nada me valeu.

3 comments:

CORRE PÉ said...

que pena que eu tenho de não ter visitado ainda esse museu

Anonymous said...

Mais impressionantes ainda foram os quadros pontilhistas expostos na altura que la tive. Nao sei se se tratava de uma exposição temporaria...

pantalaimon said...

Estiveste, então, no paraíso!Admiraste a arte, deixaste-te embalar pela harmonia, viste a perfeiçao.
E impressionismo e isso: sentimentos. A beleza do impressionismo e essa, essa mesma, a indisposiçao. Estar perante algo tao belo.... Inexplicavel!La esta, e preciso veres...para saberes como é....

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