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Saturday, October 27, 2007

Divagação

Quando penso em Copenhaga, penso inevitavelmente nas duas personagens que criei numa altura em que me apeteceu escrever uma história. Penso neles, como se fossem pessoas, às quais eu dei um destino. E pelo qual eu sou responsável.
E de certo modo, é como se apenas em Copenhanga (onde eu nunca estive) eu pudesse vir a encontrá-los, estar perto dos sítios onde eles estiveram. E pedir-lhes desculpa, pela vida que lhes criei.

"- Ás vezes estamos bem melhor sós. A solidão é mais leve quando é verdadeira. Demarca o que és… e não te afastes da tua pessoa. Pior do que o sofrimento de te afastares das outras pessoas é afastares-te de ti. Essa solidão é a mais fria.
Demorou algum tempo a sugar as palavras dela e fitou-a com cuidado, como quem olha um espelho procurando a alma que está lá dentro.
- Quem és tu? –acabou por dizer.
- Helga. Sou uma viajante em busca de Copenhaga."


Alice - Um Pôr-do-Sol no porto de Copenhaga

1 comment:

Unknown said...

Sim,se algum dia encontrares a Helga ou o Jon deves-lhe um grande pedido de desculpa. Tiveste a vida deles nas tuas mãos, foste o seu Deus. E escolheste um foim tão cruel. Tiveste o poder de criar flores e fizeste-as murchar demasiado cedo.
Mas de qualquer forma, a criação era tua e eles eram quase pessoas, não eram pessoas. E era a tua história.

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