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Sunday, October 21, 2007

Nada em comum

Um fim de tarde na Praça do Comércio trazido pelo vento do Outono, mostrou-me a orquestra de Jazz a inundar a praça com o ritmo, a melodia que falta num Verão já distante. O Jazz tem este sabor quente, das coisas quentes... A luz baixa tapava os olhos, como se nos obrigasse a ouvir apenas ( os olhos por vezes apenas deturpam o que os ouvidos compreendem).
Nesse momento, senti-me fatalmente em Paris, naquele fim de tarde onde sentada ao pé dos lagos com enormes repuxos ouvi Jazz, no bairro de La Défense. Havia na singularidade do momento alguma ironia, algum fado. E no entanto, nada lembrava nada. Porque a única coisa em comum era o Jazz num fim de tarde. E os lugares ( o sitio e Eu) são tão diferentes, que afinal até o Jazz é diferente. E não há nada em comum.

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