A culpa de teres errado afinal não foi minha nem tua.
Estava sempre escuro e eu procurava a estrada com menos pedras. Doia-me o corpo e tinha frio. Escolhi o caminho que me pareceu mais humilde à luz dos fósforos toscos que acendia.
Mas o caminho tornou-se cada vez mais doloroso. Os meus pés mais calejados. O frio mais estranhado. E num ímpeto, acendi os poucos fósforos que me restavam e acreditei no rápido Anjo que me surgiu.
Que me levaria.
Só que afinal não eras tu. E eu não morri.
A culpa foi dos fósforos.
1 comment:
Sem dúvida. Todo o que respira erra.
A culpa reside naquilo que tu confias quando desesperas. Reside naquilo que te engana.
Os fósforos mentiram, permitiram-te ver a desgraça parcialmente. Do unico angulo que não era permitido, entre o morrer e o viver ficou o nada. Porque os fofosforos deram um angulo errado.
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