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Sunday, July 12, 2009

Some kind of monster

Eu não sou esse monstro.
Não esse.
Há um monstro que vive em mim, sim. Há já muito tempo. Desde o dia em que o espelho me cedeu a sua consciência.
Ele vive aqui, colado ao bater do meu coração. Pensa por mim. Age por mim. Um monstro que sabe que hoje é o único tempo que importa. Porque é o único que existe.
Eu não sou esse monstro que não tem compaixão. Este monstro que mora em mim até gosta de ti. Ele ama. Só que ama hoje, sem amanhã.
Mas não é esse monstro que pensas, exceptuando que é um monstro. Nunca viverá no teu mundo, isso não.
Se preferes culpa-me a mim, esse pedaço de pessoa que continua a existir ocasionalmente. Fui que deixei o monstro entrar e aninhei-o em mim. A culpa foi minha. Fui eu que o deixei escolher-me.

E ainda assim, continuou a não ser esse monstro.

1 comment:

WinGs said...

Todos nos temos um Monstro.
Há o que é cruel, o que tem amor à chacina.

E há o outro, que é monstro porque nao é igual aos outros. Que é monstro porque espera pela Bela.

E quando se é um, nunca se tem aninhado ao pe do coraçao o outro. O que é bom, que só é monstro porque o mundo é surdo.

"We the people, are we the people?
Some kind of monster, this mosnter lives."

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