Translate

Friday, December 08, 2006

O abandono...


O Abandono

Um dia houve em que o
Barco flutuou sozinho.
Deixara Deus no cais.


Lúcia - "Poemas para Monet"

4 comments:

Anonymous said...

Estás a escrever um livro, é? :)

Sabes o que me fez lembrar esse poema? A trilogia do Pullman, onde eles vão nos barcos no Purgatório para a Terra dos Mortos, e têm de deixar os génios no cais.

Pior que uma solidão sem Deus, é uma solidão sem nós próprios, onde nos sintamos de tal modo sós, que até nós estamos longe de nós. Estou a fazer sentido?

Beijinho :)

Alice in Wonderland said...

Talve esa seja mesmo a única solidão que exista. Tal comoo Pullman mostrou só quando nos deixamos a nós próprios é que estamos totalmente sozinhos.Enquanto temos o nosso génio, ha alguém que nos escuta, que nos consola...
É por isso que Pullman magnifico. Entre outras coisas, passamos a dar mais valor a nós ( e ao nosso génio que vive connosco)...

Obrigado por me fazeres lembrar esta trilogia :)

Beijo!

pantalaimon said...

Nao podia concordar mais convosco: a unica solidão que existe, é aquela que nos separa de nós próprios como aquela lâmina dos Mundos PAralelos que separava as crianças dos génios. E trememos quando lemos esse capítulo porque às vezes, nem que seja por breves momentos, separamo-nos de nós próprios.Dificilmente lgo nos dói tanto como o abandono. E se nos abandonarmos a nos proprios, quem nos resta?

pantalaimon said...

E Alice, tu sabes, esse é um dos meus poemas preferidos. Tao pequeno, tão simples e tão... profundo;)

Popular Posts