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Sunday, January 18, 2009

O fabuloso destino de Amélie

Perdoa a Amélie.
Ela tem uma curiosa forma de não entender o mundo. Uma forma quase romântica e apaixonada de se perder. Chega a ser atraente a forma como não vê os eternos postes do seu caminho tão irregular.
Mas não te iludas. Para ela, que efectivamente é cega, esses movimentos não são mais do que pequenos passos tontos e incertos para um precipício. Que crê ser eminente a cada passo que dá. Tem nela a convicção profunda de uma vida de roleta russa.
Não vê se lhe estendes a mão. Não vê se a olhas com esses olhos de Mar.
Ela vê os olhos que poderás não ter. As mãos que poderão fugir. O mundo que lhe vive na cabeça e que podes tornar real.
Não queres. Mas ela não sabe. Nunca saberá, porque nunca enfrentará a realidade.

1 comment:

Anonymous said...

Toda e qualquer amelie precisa do vizinho com ossos de vidro para a ajudar a enfrentar a realidade. Mas sobretudo, precisa de um vizinho com ossos de vidro que lhe mostre que na realidade calcada de todos os dias, há igualmente espaço para o sonho. E no escorrer de cada dia, é a ilusao tornada realidade que anoitece com o dia.

Todas as ilusoes sao efemeras. Sao seguras mas nao resistem, verdadeiramente, ao calor da cor do mar , trazido pela realidade que convem, ate, a amelie.E é isso que ela teme.

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