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Tuesday, March 10, 2009

Ainda bem

Ia eu, na minha vida pós laboral de fim de tarde ao Vasco da Gama, quando decidi ignorar a minha necessidade de comprar e o meu propósito em ir à Expo para aproveitar o facto de a noite ter acabado de chegar ao Rio.
Quando abri a porta do Vasco, a "alameda" de árvores longas, junto à fileira de bandeiras olhou para mim, com uma lua cheia recortada num azul pastel fundo.
Foi talvez das melhores paisagens que já ali vi.
Decidi-me a ir até ao Rio. A rua das árvores esguias e amarelas-doiradas existia num plano superior aos meus olhos. Entre elas só a luz da lua e o azul profundo dum fim de tarde que ainda não é noite, mas já não é dia. E por isso existe numa realidade paralela. Maravilhosa.
Algo naquela paisagem azul e bucólica despertou um vento sonhador em mim. E todos os sonhos esquecidos ou enterrados voltaram.
E os meus sonhos são azuis e fundos.
E ainda bem que deixei o Vasco para trás.

1 comment:

Anonymous said...

Passado algum tempo, a curiosidade existencial, a duvida humana nao despega da minha mente: "o vento só fala do vento, tudo o que lhe ouves é mentira e a mentira está em ti". Isto é absolutamente verdade.

No entanto, tem esse encanto, o vento. De fazer sonhar, tanto por percorrer e cobrir todo o mundo como ser testemunha de todas as tuas lágrimas e de todos os cheiros das flores de primavera.

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