Por vezes tenho vontade de arriscar tudo. Por vezes tenho receio que o tempo passe enquanto eu espero... Por vezes não sei se me admire ou me recrimine. Inevitavelmente o tempo passa.
"Não creias, Lídia que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.
Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.
Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rasto
Que o não-vivido deixa.
Não creias na demora em que te medes.
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo" Sophia de Mellho Breyner
Que já é tarde, isso é. Agora resta saber o que foi o "não vivido"...
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