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Thursday, May 28, 2009

Resgate

Que masmorras são estas? Que correntes são estas?
Porque é que fazes isto? Porque é que enches as flores de veneno?
Sujas o ar com esse movimento frenético de ser pequeno.
Preferes o reinado num mundo ignorante que aplaude a música sem a ouvir. Eu sempre preferi a solidão do infinito. Dos espaços vazios que não vou ter tempo para preencher.
E tu és tão monótono. Sim, és monótono.
E estas masmorras que me inventas são uma forma de continuares rei num mundo cheio de mendigos, demasiado cegos para verem que um dia terão um reflexo no espelho do tempo.
Eu não posso demorar. Não te estou a roubar o teu trono. Não te invejo. Não te ambiciono.
Só quero que não fundas o meu mundo numa alegre e social harmonia com o teu.
Eu sou marcadamente melódica.
E tu és tão insignificante que podes estragar-me a vida.

1 comment:

WinGs said...

"Eu sempre preferi a solidão do infinito. Dos espaços vazios que não vou ter tempo para preencher.
"

viver é ter consciencia que haverá espaços vazios que nunca iremos conhecer. Porque morremos antes de sequer nos conhecermos verdadeiramente. Preferir a solidão do infinito é o mais inteligente, aceitar que aquilo que nao consegues ver nao é culpa tua. O Universo é tão grande que é indiferente ser inifinito ou finito. Estás só e o universo tem de ser infinito ou nada faria sentido.

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